sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cientistas desenvolvem tecido inteligente para diagnosticar doenças

cientistas-desenvolvem-tecido-inteligente-para-diagnosticar-doencas Nanotubos de carbono detectam alterações químicas no corpo. Peças podem estar no mercado em três ou quatro anos, segundo autores.


Pesquisadores espanhóis desenvolveram um tecido inteligente que diagnostica o estado de saúde da pessoa que o veste graças a uma tintura de nanotubos de carbono que transforma a peça de roupa em um condutor elétrico capaz de detectar substâncias químicas.

O pesquisador Francisco Andrade, do grupo de pesquisa da Universidade Rovira i Virgili (URV) de Tarragona, no nordeste da Espanha, dirige este projeto que transforma as fibras têxteis em detectores de substâncias químicas que fornecem dados sobre o estado de saúde, com aplicações também para fins esportivos.

O tecido banhado em uma tintura de nanotubos de carbono detecta as substâncias químicas presentes nos fluidos corporais, como suor e urina, e as transforma em sinais elétricos enviados para um computador ou qualquer dispositivo móvel inteligente para que sejam interpretados por um médico ou pelo próprio usuário.

Em um prazo de entre três e quatro anos, segundo os pesquisadores, poderão ser encontradas no mercado peças de roupa interativas que, metaforicamente, passam a comportar-se como um neurônio, resumiu Andrade.

O método é 'rápido, simples e econômico' e os pesquisadores demonstraram que podem 'determinar muitos tipos de íons e também o pH de uma forma simples e rápida', e por isso a roupa tratada assim 'pode detectar propriedades de nosso corpo sem nos darmos conta' mediante um sistema nada invasivo, explicou o pesquisador.

Por enquanto, os sensores na roupa foram testados em um manequim e se observou que podem detectar de forma direta a composição do suor artificial.

Os pesquisadores confiam que estes tecidos inteligentes sejam muito úteis para controlar, por exemplo, a cicatrização de uma ferida ou diagnosticar em seguida doenças como o diabetes e a fibrose cística.

A roupa inteligente também tem finalidades esportivas, já que a composição do suor está relacionada com o estado metabólico do atleta.

O grupo de pesquisa desenvolve também sensores de creatinina que poderão agir como uma 'fralda inteligente' que meça componentes da urina e sensores de trombina para detectar sangramentos e outras biomoléculas.

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