sábado, 26 de maio de 2012

Nova técnica computacional da coluna pode auxiliar nos tratamentos reais


nova-tecnica-computacional-da-coluna-pode-auxiliar-nos-tratamentos-reais
Conjunto de equações desenvolvidas por uma pesquisadora brasileira facilita a criação de modelos virtuais da coluna vertebral humana, úteis para testar implantes e simular cirurgias

Um conjunto de equações desenvolvido por uma pesquisadora brasileira durante seu doutorado na Universidade de Ulm, Alemanha, facilita a criação de modelos computacionais da coluna humana úteis para testar novos implantes e simular cirurgias.

A tese apresentada por Maria Elizete Kunkel deu origem ao livro Biomechanical models of the human thoracic and lumbar spine: A statistical approach for prediction of anatomical parameters from radiographic images, recém-lançado em inglês pela editora alemã Südwestdeutscher Verlag für Hochschulschriften.

“O modelo biomecânico permite simular no computador todos os movimentos da coluna. Isso ajuda o médico a decidir, por exemplo, qual é o tipo de implante mais indicado para um paciente que necessita de cirurgia corretiva. Pode ser útil no tratamento de fraturas, hérnia de disco e desvios posturais, como escoliose, lordose e cifose”, disse Kunkel.

Esse modelo, porém, precisa ser personalizado de acordo com as dimensões vertebrais de cada paciente. “O que se costuma fazer é submeter o paciente a uma tomografia computadorizada e, depois, reconstruir a imagem usando recursos computacionais. Mas isso é caro, demorado e expõe o paciente a altas doses de radiação”, disse.

A ideia original de seu doutorado, conta Kunkel, era buscar um método mais rápido e financeiramente acessível de obter esses modelos. “Mas tive muita dificuldade para alimentar o programa que estava desenvolvendo com dados. Precisava ter as medidas de pacientes”, disse.

A pesquisadora teve então contato com um grupo de cientistas que estudava as vértebras de 12 cadáveres humanos sem problemas na coluna. “Eles mediram detalhadamente 17 vértebras em cada pessoa. Foram 40 dimensões mensuradas em cada vértebra estudada”, disse Kunkel.

O trabalho resultou em uma tabela com os valores vertebrais médios, que foi a base da pesquisa de Kunkel. Após análise estatística detalhada, ela percebeu que uma das medidas - a altura da vértebra - tinha boa relação com as outras 39 dimensões.

A partir desse valor, a pesquisadora desenvolveu, usando análise de regressão, 50 equações que tornaram possível estimar os valores das outras medidas.

“A grande vantagem do método é que a altura da vértebra pode ser obtida com um simples exame de raios X, que é bastante acessível. Há uma margem de erro, claro, mas fizemos testes e verificamos que essa margem de erro foi menor do que quando todas as dimensões foram medidas diretamente no paciente”, afirmou.

A pesquisa deu origem a três artigos publicados no Journal of Anatomy. “Meu orientador recomendou que eu me dedicasse apenas a criar essas equações e essa parte da pesquisa acabou se tornando meu doutorado. A criação do modelo biomecânico ficou para outro pesquisador terminar”, disse Kunkel.

Infecções evitáveis causam um sexto dos casos de câncer


infeccoes-evitaveis-causam-um-sexto-dos-casos-de-cancer
Infecções facilmente evitáveis ou tratáveis provocadas por vírus, bactérias ou parasitas causam cerca de 2 milhões de novos casos de câncer e 1,5 milhão de mortes por tumores a cada ano.

Informações são de um estudo publicado na revista médica The Lancet Oncology. Isto corresponde a um sexto dos 12,7 milhões de novos casos da doença reportados em 2008, diz o estudo. "A aplicação de métodos de saúde pública existentes na prevenção de infecções, como vacinação e práticas mais seguras de tratamentos antimicrobianos e injetáveis, podem ter um efeito importante no futuro dos casos de câncer em todo o mundo", destacou o relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer em Lyon, França.

Quatro infecções, provocadas pelas hepatites B e C, pelo papilomavírus humano (HPV) e pela bactéria estomacal Helicobacter pylori, respondem pela maioria dos casos, com 1,9 milhão, principalmente de cânceres gástrico, de fígado e cervical. Os tumores relacionados a infecções representaram 3,3% dos novos casos na Austrália e na Nova Zelândia e 32,7% na África Subsaariana, destacou o documento, baseado em um estudo sobre 27 tipos de câncer em 184 países.

O câncer cervical correspondeu à metade dos casos relacionados a infecções nas mulheres, enquanto os de fígado e gástrico são responsáveis por 80% dos casos em homens. "Cerca de 30% dos casos relacionados a infecções ocorrem em pessoas com menos de 50 anos", destacou o estudo.

Aceleração cardíaca é preocupante quando ocorre sem o corpo precisar


aceleracao-cardiaca-e-preocupante-quando-ocorre-sem-o-corpo-precisar
Taquicardia é normal em exercícios e situações de estresse ou nervosismo. Ritmo dos batimentos é medido com dedo no pulso ou eletrocardiograma.


Sentir o coração acelerado é normal em situações que exigem mais bombeamento de sangue, como numa atividade física ou numa situação de nervosismo e estresse.

Essa taquicardia, porém, às vezes surge em momentos de repouso ou até durante o sono – e aí precisa ser investigada. É possível reconhecer o ritmo dos batimentos ao colocar o dedo no pulso, mas o diagnóstico médico deve ser feito por um eletrocardiograma, já que o paciente pode não apresentar nenhum outro sintoma.

Segundo os cardiologistas Maurício Scanavacca e Roberto Kalil, quando o músculo cardíaco ultrapassa os 100 batimentos por minuto sem que o corpo necessite, é sinal de arritmia, ou seja, uma desregulação no ritmo do coração.

A falta de organização dos batimentos cardíacos diminui a velocidade do sangue, que permanece mais tempo dentro dos átrios. Essa situação favorece a formação de coágulos, que se desprendem e podem entupir os vasos de qualquer região do organismo. Se esses coágulos obstruírem os vasos cerebrais, ocorre um derrame.

Para identificar se a aceleração do seu coração está dentro dos padrões normais, preste atenção em que situação ele dispara. A taquicardia se torna uma preocupação quando vem de forma súbita e é acompanhada de um sinal como dor no peito, falta de ar, desmaio ou durante o sono. Também exige atenção quando ocorre durante o repouso, sem nenhuma forte emoção, como um momento de susto, medo, paixão, competição ou palestra.

Algumas taquicardias são graves e podem levar à morte. Essas são normalmente desencadeadas nos ventrículos e estão relacionadas a doenças pré-existentes, em corações dilatados, em pessoas que já sofreram infarto ou têm doenças cardíacas genéticas.

A duração de uma taquicardia é variável e imprevisível, pois depende da causa e das características de cada coração. O primeiro passo para socorrer uma pessoa com taquicardia é acalmá-la e procurar ajuda médica.

Se o indivíduo estiver consciente e sem muito mal-estar, leve-o a um hospital próximo para realizar imediatamente um eletrocardiograma. O ideal é fazer o exame enquanto o batimento ainda está acelerado, para que seja possível identificar com exatidão o tipo de taquicardia.

Tratamentos
- Medicamentos antiarrítmicos
- Implante de marcapasso
- Desfibrilador
- Cauterização dos focos de origem

Como bate o coração?
O coração é um músculo formado por dois átrios e dois ventrículos. Ele tem um circuito elétrico que gera impulsos constantes e determinam a frequência e a regularidade dos batimentos.

O primeiro estímulo começa no átrio direito (câmara menor localizada na parte superior do músculo), que passa para o átrio esquerdo e vai descendo até chegar aos ventrículos. É como uma rede de fios condutores que levam a energia de um cômodo da casa até o outro. São esses estímulos que fazem o músculo do coração se contrair, ou seja, bater.

Os átrios contraem-se primeiro, bombeando sangue para os ventrículos. Em seguida, os ventrículos se contraem. As válvulas entre os átrios e ventrículos se fecham. O sangue localizado no ventrículo direito vai para os pulmões para ser oxigenado, segue para o ventrículo esquerdo e é bombeado para o restante do organismo, inclusive para o cérebro.

Esse mecanismo provoca a "batida dupla" característica do coração: tum-tá, tum-tá, tum-tá.

Nova tecnologia é capaz de mover membros paralisados com o pensamento

braço robotico
É a primeira vez que cientistas mostraram que humanos com graves lesões no cérebro podem controlar um braço mecânico com o uso de pequenos implantes cerebrais capazes de enviar sinais neurais para um computador.

Duas pessoas que estavam paralisadas do pescoço para baixo aprenderam a controlar um braço robótico com a força do pensamento e o utilizaram para alcançar e segurar objetos. Um dos pacientes, uma mulher, conseguiu levar uma garrafa de café com um canudo para a boca e bebê-lo - foi a primeira vez que ela conseguiu se servir sozinha nos últimos 15 anos, desde o dia em que sofreu um AVC e perdeu o controle dos movimentos.

O trabalho científico está descrito em um artigo publicado na revista Nature. Estudos anteriores já tinham mostrado que humanos podem aprender a mover um cursor de computador com o pensamento. Além disso, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis já tinha conseguido mover um braço mecânico com eletrodos instalados no cérebro de macacos.

A tecnologia ainda está em fase de testes, mas o novo estudo da Nature representa um passo importante, pois oferece evidências palpáveis de que membros mecânicos controlados pelo cérebro poderão ser usados no futuro para ajudar pessoas com deficiências motoras.

Cientistas conseguem fazer DNA funcionar como um 'pendrive'


cientistas-conseguem-fazer-dna-funcionar-como-um-pendrive
Biólogos fizeram com que a estrutura fosse capaz de guardar dados e apagá-los, assim como a memória de um computador


Você conhece o DNA como uma espécie de cordão de compostos químicos que define quem somos. Mas agora, cientistas da Universidade de Stanford foram capazes de guardar memórias dentro dessas estruturas. Isso mesmo, armazenar dados, assim como um computador armazena seus arquivos.

Não é o primeiro sistema de armazenamento de dados biológico já criado – pesquisadores já foram capazes de fazer o mesmo com proteínas. Então qual é a novidade? É que ao alterar o DNA, é possível criar células sintéticas e digitais. Ou seja, o DNA pode reprogramar o organismo para funcionar de forma diferente.

Para chegar a esse resultado os cientistas trabalharam com o DNA da bactéria Escherichia coli, separando seus elementos genéticos. O que sobrou foi um sistema que contem lugares marcados onde esses elementos deveriam estar, indicando para enzimas que o DNA pode ser ‘copiado e colado’ de forma reversa – e é o que aconteceu por, pelo menos, 16 vezes.

Até conseguirem esse feito, os cientistas precisaram programar filamentos de DNA 750 vezes. O pesquisador à frente do projeto, Drew Endy, conta que foi como “tentar escrever um código de seis linhas em um computador, mas que precisa de 750 tentativas de debug para funcionar”.

Acredita-se que o novo sistema poderá estar em organismos vivos antes do fim do século.

Hábitos simples melhoram a saúde e qualidade de vida

Fazer atividade física, comer bem e evitar excessos estão entre os hábitos que garantem uma boa forma

A maneira mais certeira de fazer as pazes com o espelho é manter seu corpo saudável. Fazer atividade física, comer bem e evitar excessos estão entre os hábitos que vão garantir uma boa forma, porém não para por aqui. A revista Your Tango publicou uma lista com sugestões de cinco especialistas para melhorar sua saúde. O time de experts conta com os especialistas em qualidade de vida Rico Caveglia e Brenda Deere, a naturóloga e massagista Lorina Shinsato e o personal trainer Mark Dilworth. Confira as dicas que vão mudar sua relação com seu corpo:

1. Mude sua mente para mudar seu corpo
Primeiramente você deve adotar uma atitude de gratidão ao seu corpo. Para Rico Caveglia, é preciso aprender a amar o próprio corpo mesmo antes de fazer as mudanças de hábito que vão deixá-lo em forma é mais saudável.

2. Respire!
Todas as funções metabólicas de nosso corpo exigem muito oxigênio. Por isso, nada é mais importante para a saúde mental e física que suprir essa necessidade. “Para aprender exercícios de respiração profunda recomendo aulas de ioga ou respiração”, diz Rico Caveglia.

3. Beba mais água
Isso vai garantir diversos benefícios para seu corpo. “Sua pele ficará mais macia, seu organismo mais limpo, você comerá menos, seu cabelo e suas unhas vão ficar mais hidratados e até sua energia vai aumentar”, justifica Caveglia.

4. Coma comida de verdade
Você é o que você come. Portanto, com um bom combustível você terá um corpo melhor e mais bonito. Para Caveglia comida de verdade é aquela que cresce na natureza, coma frutas e vegetais orgânicos, grãos integrais, sementes e carne sem adição de hormônios ou produtos químicos.

5. Coma em casa
Para manter uma alimentação mais saudável é preciso evitar restaurantes e comida processada. A melhor dica, segundo Caveglia, é preparar você mesmo a maior parte de suas refeições.

6. Movimente-se
Manter-se ativo intercalando exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade, vai deixar seu corpo mais em forma, saudável e bonito. “Além disso, você ainda ganha uma dose extra de energia”, garante Caveglia.

7. Recarregue as baterias
Faça pausas diárias apenas para relaxar e não pensar em seus compromissos e tarefas. “Aprenda a meditar e seja grato por tudo que você tem em sua vida”, recomenda Caveglia.

8. Elimine
Precisamos de uma a três evacuações diárias para manter o corpo saudável e livre de resíduos. “Se isso parece um desafio para você, aconselho que procure um naturólogo ou médico especializado”, afirma Caveglia.

9. Devagar e sempre
O objetivo aqui é ficar saudável e não magro. Por isso, nada de dietas de emergência. “Coma frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Também vale tentar diminuir as porções”, recomenda Brenda Deere.

10. Menos é mais
Na hora de iniciar um programa de emagrecimento, exagerar nos exercícios físicos é uma armadilha. “Escolha uma atividade da qual realmente goste e comece devagar. Uma caminhada de cinco minutos já é melhor do que não fazer nada”, orienta Deere.

11. Você não está sozinho
Ninguém está completamente satisfeito com seu corpo. Até mesmo modelos que muitas vezes parecem anoréxicas ainda acham que têm algumas gordurinhas a perder. Por isso, segundo Deere, é essencial prestar atenção para estabelecer uma meta possível e razoável.

12. Não se compare
Tente não comparar seu corpo com o de outras pessoas, pois herança genética realmente tem um papel importante em nossas formas. “Você sabe que tem partes que gosta em seu corpo, pode ser seus olhos, suas pernas ou mãos. Então, preste mais atenção a elas, tente valorizá-las e lembre-se sempre desses pontos positivos”, afirma Deere.

13. Durma bem
Procure dormir oito horas por noite. De acordo Deere, recentemente pesquisas comprovaram que, além de ser um hábito saudável, isso ainda ajuda a eliminar peso de forma mais eficiente.

14. Alongue-se
Isso exige prática, mas esticar-se faz bem não apenas para a coluna. “Manter uma boa postura fará você parecer melhor e mais confiante o que o levará a se sentir assim também”, justifica Deere.

15. Seja grato
Lembre-se que a função do seu corpo é te levar para onde quiser. Por isso, Deere recomenda que quando você se sentir mal com sua imagem pense de tudo que você é capaz de fazer graças a ele e sinta-se grato por isso. “Se quiser pode até escrever uma coisa pela qual é grato ao seu corpo por dia até internalizar isso”, sugere Deere.

16. Finja até que seja de verdade
Aja como se você amasse seu corpo, mesmo se ainda não sente isso. “Não deixe de fazer coisas como ir à praia por vergonha ou medo de que as pessoas fiquem reparando em suas formas. Acredite: os outros estão preocupados demais com a própria imagem para olhar o seu corpo”, garante Deere.

17. Coma três refeições diárias ou diversas pequenas refeições espalhadas pelo dia
Você já se perguntou por que está se sentindo irritado ou fraco? Você pode estar desidratado ou com baixo nível de açúcar no sangue. Por isso, Lorina Shinsato ressalta a importância de não pular nenhuma refeição, mesmo que você tenha trabalho extra pela frente.

18. Lembre-se da proteína
Esse tipo de alimento permite que o nível de açúcar no sangue fique estável por mais tempo, diferentemente de carboidratos que o deixarão com fome novamente em pouco tempo. “Então, quando for fazer uma refeição ou um lanche lembre-se de incluir proteína”, afirma Shinsato.

19. Hidrate-se
Quando sentimos sede significa que já estamos desidratados. Portanto, o ideal, segundo Shinsato, é manter uma garrafa de água sempre com você. A ingestão de líquidos é essencial para manter sua saúde e energia em dia.

20. Esqueça o adoçante
Evite açúcar refinado e adoçantes artificiais. “Como são feitos com produtos químicos, nosso corpo não consegue processá-los adequadamente aumentando o risco de inflamações”, justifica Shinsato.

21. Evite temperos artificiais
O glutamato monossódico, realçador de sabor presente na maioria dos temperos artificiais, é prejudicial à saúde. “Ele causa dores de cabeça e interfere em nosso sistema nervoso”, alerta Shinsato.

22. Nada de fast food
Além de não conterem todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável, esse tipo de comida possui muitos conservantes e produtos artificiais que podem conter antibióticos, hormônios ou resíduos de pesticidas. “Prefira alimentos frescos que vão lhe dar uma energia limpa”, recomenda Shinsato.

23. Prefira peixes pescados na natureza
Os peixes criados para pesca muitas vezes recebem compostos químicos e não apresentam a mesma quantidade de ômega 3 dos animais livres. Segundo Shinsato, outra preocupação é o alto índice de mercúrio, pois, em excesso, esse composto interfere em nosso sistema nervoso prejudicando a memória.

24. Coma alimentos orgânicos e locais
Os produtos fabricados na sua região geralmente levam menos aditivos químicos, pois não precisam ser conservados por muito tempo durante o transporte. “Isso faz com que os alimentos que você coloca em sua mesa sejam mais saudáveis”, atesta Shinsato.

25. Pense positivo
Outro desafio para deixar sua mente mais saudável é manter a positividade. “É preciso se focar no que está dando certo em nossas vidas e permitir que o resto flua”, recomenda Shinsato.

26. Pratique a gratidão
A cada dia liste três coisas pela qual você é grato. Isso o ajudará a aprender a pensar de forma positiva. Para Shinsato, isso é uma ótima dica, pois somos capazes de mudar nossa realidade de acordo com aquilo em que nos focamos.

27. Elimine o pessimismo
“Sempre procure o melhor de cada situação e livre-se dos vampiros que aparecem em sua vida”, recomenda Mark Dilworth. Ajude a si mesmo estipulando metas e pensando em alcança-las ao invés de ficar achando que não vai chegar lá.

28. Permaneça motivado
Procure algo que o motive a alcançar uma vida mais saudável. Segundo Dilworth, uma vez que você encontrar o incentivo certo será mais fácil chegar no seu objetivo.

29. Pare de se sabotar
Mantenha seu foco e aja de forma coerente. “Se seu objetivo é perder peso ou manter o corpo saudável não tenha doces, alimentos gordurosos e porcarias em sua cozinha. Pois, ao ver esses produtos será mais difícil resistir a eles”, explica Dilworth.

30. Esqueça as dietas da moda
Para manter o corpo em forma e saudável você vai precisar de hábitos alimentares que consiga manter. Isso não é possível com dietas malucas ou superrestritivas. “Não adianta perder peso rapidamente se você recupera tudo assim que volta a se alimentar normalmente”, justifica Dilworth. Por isso, é necessário uma mudança permante.

31. Crie músculo e queime gordura
Exercícios físicos regulares são essenciais se você quer mudar seu corpo, pois eliminar gordura é mais importante que perder peso. “Trocar massa gorda por massa magra (músculo) também acelera seu metabolismo. E isso irá ajudá-lo a queimar ainda mais calorias. Esse é o segredo para que você não torne a engordar”, explica Dilworth.

32. Adote uma vida ativa
Caminhe o máximo possível todos os dias e tente manter o seu corpo sempre ativo. Segundo Dilworth, quando você fica sentado as enzimas responsáveis por queimar gorduras ficam praticamente desligadas. Já quando você se levanta durante o dia e se mexe elas são colocadas para trabalhar.

33. Exercite-se
Mesmo magro você pode não ser saudável. “Se perdeu peso sem se exercitar seu corpo não aprendeu nada e isso pode leva-lo ao efeito sanfona”, justifica Dilworth. Por isso, independentemente do que sua balança diz é preciso manter uma atividade física.

34. Hábitos saudáveis fazem um corpo mais saudável
Se você tiver uma boa noite de sono, não se expor a altas doses de estresse, não fumar, não ingerir grandes quantidades de álcool, se exercitar regularmente e manter uma boa alimentação, você terá um corpo saudável. “Não há segredo, basta manter esses hábitos saudáveis na maioria de seus dias”, atesta Dilworth.

35. Procure auxilio profissional
Talvez você precise de ajuda em algumas áreas, pois algumas mudanças são difíceis. Antes de iniciar um treinamento físico procure um médico para uma avaliação. Um personal trainer e um nutricionista também podem ajuda-lo a planejar sua alimentação e seu programa de exercícios. “Você pode começar a levar uma vida mais saudável hoje mesmo, não adie!”, finaliza Dilworth.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quando a boca cala.... o corpo fala!

  Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
 
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
 
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
 
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
 
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
 
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
 
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
 
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
 
As neuroses paralisam quando a criança interna tiraniza.
 
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Cientistas desenvolvem tecido inteligente para diagnosticar doenças

cientistas-desenvolvem-tecido-inteligente-para-diagnosticar-doencas Nanotubos de carbono detectam alterações químicas no corpo. Peças podem estar no mercado em três ou quatro anos, segundo autores.


Pesquisadores espanhóis desenvolveram um tecido inteligente que diagnostica o estado de saúde da pessoa que o veste graças a uma tintura de nanotubos de carbono que transforma a peça de roupa em um condutor elétrico capaz de detectar substâncias químicas.

O pesquisador Francisco Andrade, do grupo de pesquisa da Universidade Rovira i Virgili (URV) de Tarragona, no nordeste da Espanha, dirige este projeto que transforma as fibras têxteis em detectores de substâncias químicas que fornecem dados sobre o estado de saúde, com aplicações também para fins esportivos.

O tecido banhado em uma tintura de nanotubos de carbono detecta as substâncias químicas presentes nos fluidos corporais, como suor e urina, e as transforma em sinais elétricos enviados para um computador ou qualquer dispositivo móvel inteligente para que sejam interpretados por um médico ou pelo próprio usuário.

Em um prazo de entre três e quatro anos, segundo os pesquisadores, poderão ser encontradas no mercado peças de roupa interativas que, metaforicamente, passam a comportar-se como um neurônio, resumiu Andrade.

O método é 'rápido, simples e econômico' e os pesquisadores demonstraram que podem 'determinar muitos tipos de íons e também o pH de uma forma simples e rápida', e por isso a roupa tratada assim 'pode detectar propriedades de nosso corpo sem nos darmos conta' mediante um sistema nada invasivo, explicou o pesquisador.

Por enquanto, os sensores na roupa foram testados em um manequim e se observou que podem detectar de forma direta a composição do suor artificial.

Os pesquisadores confiam que estes tecidos inteligentes sejam muito úteis para controlar, por exemplo, a cicatrização de uma ferida ou diagnosticar em seguida doenças como o diabetes e a fibrose cística.

A roupa inteligente também tem finalidades esportivas, já que a composição do suor está relacionada com o estado metabólico do atleta.

O grupo de pesquisa desenvolve também sensores de creatinina que poderão agir como uma 'fralda inteligente' que meça componentes da urina e sensores de trombina para detectar sangramentos e outras biomoléculas.

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas

felicidade-e-otimismo-reduzem-risco-de-doencas-cardiacas Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas


Pessoas felizes e otimistas enfrentam menos risco de sofrer doenças cardíacas e derrames, segundo uma pesquisa da Harvard School of Public Health. A pesquisa foi produzida a partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada Psychological Bulletin.

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado.Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados a doenças cardíacas.

Os pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio-econômico de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante.

O risco de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Hábitos saudáveis

Não apenas é difícil medir de forma objetiva o bem estar, como outros fatores que ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de reduzir o risco de doenças.

Os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.

A maior parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: "A associação entre doenças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda não totalmente compreendida".

"Embora este estudo não tenha olhado para os efeitos do estresse, ele confirma o que já sabíamos, que o bem-estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação saudável."

"Ele também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde física da pessoa", acrescentou.

Estudo aponta possível avanço para tratar paralisia cerebral

paralisia cerebral O distúrbio pode causar dificuldades severas em controlar os músculos, incapacidade de caminhar, se movimentar ou engolir. Alguns pacientes também podem sofrer atrasos cognitivos e anormalidades no desenvolvimento.



Um novo tratamento ajudou coelhos nascidos com paralisia cerebral a recuperar uma mobilidade quase normal, fazendo surgir a esperança de um potencial avanço no tratamento de pessoas com este distúrbio atualmente incurável, afirmaram cientistas.

O método, parte do campo crescente da nanomedicina, funcionou liberando um medicamento antiinflamatório diretamente nas partes comprometidas do cérebro através de minúsculas moléculas em cascata conhecidas como dendrímeros.

Filhotes de coelho tratados às seis horas de nascidos tiveram uma "melhora dramática na função motora" no quinto dia de vida, disse a autora principal do estudo, Sujatha Kannan, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e do Departamento de Pesquisa de Perinatologia e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos.

O estudo foi publicado no jornal científico americano Science Translational Medicine.

Os coelhos que nasceram imóveis por causa da paralisia infantil se movimentavam em "níveis quase normais no quinto dia", destacou um artigo que acompanhou o estudo e foi publicado no mesmo periódico pelo pedriatra Sidhartha Tan, de Chicago.

A droga usada foi uma comumente empregada para tratar pessoas com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol), conhecida como N-acetil-L-cistina ou NAC, e foi dada em uma dose 10 vezes menor.

No entanto, foi bem sucedida porque o método de nano-entrega permitiu que cruzasse a barreira sangue-cérebro, desativando prontamente a inflamação no cérebro.

Kannan explicou que sua equipe usou coelhos como cobaias porque, assim como os humanos, seus cérebros se desenvolvem parte antes e parte depois do nascimento, enquanto a maioria dos outros animais nascem com suas habilidades motoras já formadas.

"Uma vantagem disso é que podemos testar tratamentos e olhar para a melhora na função motora usando este tipo de modelo animal", explicou a médica.

Enquanto especialistas afirmam que levará anos até que se conheça totalmente esta abordagem, a pesquisa demonstra uma prova de conceito importante que algum tipo de intervenção precoce consegue reverter o dano cerebral.

"A importância deste trabalho é que ele indica que há uma janela no tempo, imediatamente após o nascimento, quando a neuroinflamação pode ser identificada e quando o tratamento com um nanodispositivo pode reverter os efeitos da paralisia cerebral", afirmou o co-autor do estudo, Roberto Romero, obstetra do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.

A paralisia cerebral afeta cerca de 750.000 crianças e adultos nos Estados Unidos e sua taxa de prevalência é de cerca de 3,3 por 1.000 nascimentos, segundo Romero.

Uma das principais causas da paralisia cerebral é o nascimento prematuro, fenômeno em ascensão, mas a doença não costuma ser diagnosticada antes dos 2 anos.

"No momento em que fazemos o diagnóstico, há muito pouco que podemos fazer", disse Romero, descrevendo a paralisia cerebral como "uma doença incurável por toda a vida".

Conselho Regional de Educação Física inicia campanha contra uso de esteróides anabolizantes

conselho-regional-de-educacao-fisica-inicia-campanha-contra-uso-de-esteroides-anabolizantes Na era dos corpos perfeitos e turbinados, homens e mulheres querem ficar com “tudo em cima”, mas para isso tem que malhar bastante e ter uma dieta controlada. O problema é que muitos querem resultado imediato, e acabam aderindo às formas ilícitas para chegar ao chamado e sonhado “corpo ideal”.

O consumo dos esteróides anabolizantes, não é recomendável por médicos e especialistas. Eles aceleram os efeitos estéticos desejados, deixam a musculatura torneada com o uso de pílulas ou injeções de hormônios masculinos mais rápido do que se esforçar em horas de suor na academia. Mas, o “remedinho” não tem nada de milagroso. Além dos efeitos colaterais, o esteróide anabolizante também pode provocar câncer, infertilidade e até levar à morte.

Preocupado com a saúde das pessoas que fazem o uso de esteróides anabolizantes ou com aqueles que pensam em usar a “droga” o CREF11/MS-MT (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região MS-MT) iniciou em 26.04, uma Campanha Contra o Uso de Esteróides Anabolizantes. A equipe de fiscalização do Conselho irá às academias da Capital fazer a distribuição de cartazes explicativos sobre os efeitos colaterais dessa “droga” e dar orientação aos Profissionais de Educação Física, para que os mesmos orientem também as pessoas que vão até as academias.

O coordenador da fiscalização, Ricardo Luis Chaim, explica que esta campanha é importantíssima, já que algumas pessoas que usam esteróides anabolizantes acabam indicando para outras, como se fosse algo normal, ressaltando apenas os falsos “benefícios”. “Muita gente começa a malhar e quer um resultado imediato. Mas, não é bem assim, além da atividade física a alimentação também é importante. A partir daí, começam fazer uso da suplementação alimentar, mas muitas vezes sem orientação de um nutricionista, o que acaba não tendo o efeito esperado. E, não tendo esse efeito, apelam para os esteróides anabolizantes. No entanto, tudo se resolveria, com uma boa atividade física, devidamente orientada por um Profissional de Educação Física, acompanhado de uma correta orientação nutricional. Saúde não se compra, se adquire”.

Em maio de 2010 foi sancionada a Lei Complementar nº 157, que dispõe sobre a obrigatoriedade das academias de ginásticas, centros esportivos e estabelecimentos congêneres a fixarem placas ou cartazes de advertência sobre os malefícios causados à saúde pelo uso de anabolizantes, no município de Campo Grande. Como muitos estabelecimentos ainda não fixaram estas informações, o CREF11/MS-MT confeccionou os cartazes em parceria com os autores da Lei, os vereadores Prof. João Rocha (PSDB) e Paulo Siufi (PMDB), para que os locais cumpram a legislação vigente e para que a população fique informada dos malefícios do uso de esteróides anabolizantes.

Segundo o vereador João Rocha, que também é Conselheiro do CREF11/MS-MT (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região MS-MT) “a Lei é importante, mas para que possa ser aplicada a população deve ter conhecimento, saber da importância de se combater o uso de esteróides anabolizantes. Esse é o objetivo da campanha, promover conhecimento e saúde. Alguns profissionais que não são éticos até oferecem essas drogas aos alunos, com a intenção de 'mostrar resultado', como forma de provar que o trabalho do profissional é bom, mas é totalmente o contrário e eles ainda não informam dos problemas de saúde que esses remédios causam”.

De acordo com a Lei Municipal as placas devem conter advertências, com os seguintes dizeres:Lei Municipal nº 157, de 10 de maio de 2010: "O uso de esteróides anabolizantes prejudica o sistema cardiovascular, causa lesões nos rins e no fígado, degrada a atividade cerebral, aumenta o risco de câncer, além de causar dependência química".

A Lei, em seu art. 5º, aponta os estabelecimentos de academias de ginástica, centros esportivos e estabelecimentos congêneres correlatos à atividade física, só podem receber alvará de funcionamento se atendidas as exigências contidas na referida Lei.

Principais efeitos do uso dos esteróides anabolizantes: nervosismo, irritação, agressividade, contribui para o engrossamento da voz, provoca crescimento de pelos em regiões incomuns (tórax e rosto), problemas hepáticos, acne grave (em geral ocorre nas costas e no peito, ocasionando um problema estético sério), problemas sexuais e cardiovasculares, diminuição da imunidade, aparecimento de tumores (câncer), e até levar à morte.

Ministério da Saúde diz que 22,7% dos adultos têm pressão alta

ministerio-da-saude-diz-que-227-dos-adultos-tem-pressao-alta Problema é mais comum entre mulheres e afeta maioria dos idosos. Fumo, sedentarismo e consumo de sal são fatores de risco.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 22,7% dos adultos brasileiros sofrem de pressão alta. A hipertensão aparece em 25,4% das mulheres e 19,5% dos homens. Os números foram publicados no último dia 26.04, dia nacional de prevenção e combate à hipertensão.

Os resultados relativos a 2011 foram obtidos pela pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

O levantamento, feito anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos -- por telefone -- sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

Em 2006, quando a pesquisa começou a ser feita, 21,6% dos entrevistados afirmaram que tinham o diagnóstico de hipertensão. Segundo o Ministério da Saúde, a diferença de 1,1 ponto percentual em comparação a 2011 não é suficiente para representar estatisticamente uma tendência de crescimento.

A relação do problema com a idade fica muito nítida no recorte por faixa etária. Entre 18 e 24 anos, 5,4% dos entrevistados são hipertensos. Acima dos 65 anos, o número sobe para 59,7% da população.

Dentre as cidades onde a pesquisa foi feita, a com menos hipertensos foi Palmas, com 12,9% da população. Já o Rio de Janeiro registrou o maior número: 29,8%.

Outro fator importante é a escolaridade entre as mulheres. Entre as que estudaram oito anos ou menos, 34,4% têm hipertensão. O número cai para 14,2% entre as que estudaram 12 anos ou mais. Já entre os homens, as diferenças entre as faixas são pouco significativas.

Prevenção e tratamento
O Ministério da Saúde informou que 6,9 milhões de hipertensos já tiveram acesso a medicamentos gratuitos nas farmácias credenciadas no programa Saúde Não Tem Preço desde o lançamento, em fevereiro de 2011.

Outra iniciativa recente foi um acordo com a indústria alimentícia, firmado em 2011, para reduzir os níveis de sal em produtos como massas, pães e salgadinhos. O sódio presente no sal é considerado um dos principais fatores para elevar a pressão arterial. O fumo e o sedentarismo também aumentam o risco.

O diagnóstico de hipertensão vem quando a pressão fica igual ou maior que 14 por 9. Em longo prazo, pode sobrecarregar vários órgãos. Sem tratamento, ela pode causar outros problemas cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).

Hospital faz transplante inédito de cartilagem de joelho

joelho Cirurgia é alternativa ao uso de prótese com duração máxima de 20 anos. Técnica esbarra na dificuldade de encontrar doadores de tecidos.

O Hospital das Clínicas de São Paulo começou a fazer um transplante inédito no Brasil: o de cartilagem do joelho. A cirurgia é uma opção para pacientes que só tinham como tratamento a colocação de uma prótese.

No transplante, a equipe de ortopedistas inseriu um pedaço de osso e a cartilagem de um doador em uma paciente que estava com uma lesão no joelho esquerdo provocada pelo uso de remédios para leucemia.

Mariza Santos Guimarães estava com a cartilagem (a camada branca que protege a articulação) toda machucada e uma parte do osso já tinha se desgastado. No transplante, a equipe do HC colocou um pedaço de osso e a cartilagem de um doador.

Uma das vantagens do transplante é que ele se torna uma alternativa para a vida útil da prótese, que dura entre 10 e 20 anos.

De acordo com o ortopedista do HC que fez a cirurgia, Luis Eduardo Tirico, com as trocas de prótese existe o risco de infecção e de sequelas ao longo do tempo.

No entanto, o uso da técnica esbarra em um obstáculo: a dificuldade de conseguir doadores de tecidos no Brasil, em especial de cartilagem. Ossos e tendões são tecidos usados há vários anos para corrigir fraturas, mas não e fácil encontrar doadores.

No ano passado, entre mais de 2.000 doadores de órgãos no Estado de são Paulo, menos de 200 doaram o tecido ósseo e somente doze casos puderam ser aproveitados. Para os médicos o problema persiste por falta de informação.

“Um paciente doador pode beneficiar mais de 20 pacientes receptores que estão aguardando por esse tipo de tratamento”, afirma Tirico.

Como a água pode influenciar na atividade física?

como-a-agua-pode-influenciar-na-atividade-fisica Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriram que a falta de preparo físico não seria a única razão pela qual muitas pessoas ficam acabadas, digamos, antes da hora.



Depois de observar voluntários sob várias condições adversas e reunir uma série de dados, eles concluem em um estudo recente: um dos maiores contribuintes para a fadiga precoce é a desidratação.

“Quando nos exercitamos, existe uma boa demanda dos músculos por substâncias como glicose e oxigênio. E a água ajuda a transportá-los”, explica o fisiologista Orlando Laitano. Com pouca H2O disponível, esses materiais têm dificuldade para chegar ao seu destino – e, assim, falta energia para as pernas se movimentarem.

Essa desidratação local afeta a vinda de nutrientes essenciais à construção das fibras musculares, a exemplo da proteína. Aliás, até essas estruturas também são compostas de água. Privar-se dela, portanto, é ficar sem matéria-prima para formar mais fibras. Outro motivo para a recuperação ficar lenta quando o tanque está vazio.

O músculo depende de determinados sais minerais e – adivinhe! – água para realizar toda e qualquer contração. “A precisão e a suavidade do movimento diminuem significativamente se o indivíduo não bebe o suficiente. Isso, por si só, já aumenta a probabilidade de uma lesão”, alerta o médico do esporte Jomar Souza.

Para piorar, reservas aquosas abaixo da necessidade mexem inclusive com o desempenho do cérebro. “Os sinais enviados por ele para comandar determinada ação, como levantar uma barra ou chutar uma bola, perdem qualidade”, reforça Emerson Silami Garcia, profissional de Educação Física.

Goles na (sua) medida

O senso comum prega que se aja de acordo com os sinais do corpo. Em outras palavras, esvaziar a garrafinha no momento em que a boca ficar seca. “Mas hoje existem pesquisas revelando que o estágio de desidratação já se encontra avançado quando a pessoa percebe a sede”, contrapõe Ricardo Nahas, médico do esporte.

Os profissionais que trabalham com atividade física são unânimes: a hidratação deve ser individualizada, até porque há quem transpire mais do que outros ou viva em um local frio, onde naturalmente se sua pouco. Daí que os especialistas muitas vezes preferem recorrer a uma conta matemática simples: subtrair o peso corporal antes do exercício pelo obtido ao término dele. O saldo final é o tanto de água que precisa ser tomada ao longo da ralação seguinte.

Infelizmente, não dá para só encher a barriga d’água antes de correr. “O sistema digestivo não consegue funcionar com um volume grande de líquidos e, inchado, causa desconforto”, explica Silami Garcia. Lançar mão de um cantil e dar uns bons goles a cada 15 minutos costuma resolver a questão. Bem hidratado, seu corpo – e, claro, seu desempenho – vai longe.

E as bebidas esportivas?
Elas oferecem uma mistura de carboidratos e sais minerais, que se esvaem durante pedaladas e corridas. “Mas só são recomendadas para atividades físicas que excedam uma hora de duração”, prescreve a nutricionista Patrícia Bertolucci.

O manual da hidratação
Saiba o que fazer para se exercitar sem deixar a secura tomar conta do organismo:

Antes: Nas duas horas que antecedem o momento da malhação, ingira de 250 a 500 mililitros de água. Evite refrigerantes, bebidas alcoólicas e, ainda, alimentos muito pesados.

Durante: A cada 15 minutos, beba de 125 a 250 mililitros. Se a atividade durar mais do que 60 minutos, água de coco e isotônicos podem ser uma boa opção, mas vale consultar um especialista.

Depois: Urina escassa e amarelada é um sinal claro de desidratação. No caso, lance mão de uma balança para saber quanto perdeu de peso. Então, basta repor na mesma medida.

Conheça os sinais de alerta para evitar que exercícios façam mal

conheca-os-sinais-de-alerta-para-evitar-que-exercicios-facam-mal Veja alguns sinais do corpo que devem ser observados para que os exercícios físicos não façam mal à saúde

Histórico familiar: Se o praticante de esportes ou candidato a atleta tiver casos na família de morte súbita cardíaca, o acompanhamento médico deve ser mais rigoroso que o de um atleta comum.

Cansaço incomum: Se seu filho tem a mesma carga de exercícios que os colegas durante as aulas de educação física, mas apresenta repetidas vezes um cansaço muito maior que os demais alunos, procure um médico.

Dor no peito: Durante o exercício físico intenso, daqueles em que o praticante tem dificuldade de conversar, não é bom sinal sentir dor no peito na altura do precórdio, região que fica por trás da parte inferior esquerda do osso esterno, aquele que une as costelas. Já a dor no peito que não melhora mesmo depois de repouso (com uma sensação de aperto e que se irradia para as costas ou o braço) ou a dor forte no estômago que não passa depois do fim do exercício são casos para atendimento médico imediato.

Desmaio: Na maioria das vezes, o desmaio na atividade física não se trata de uma queda na taxa de açúcar no sangue, mas de uma breve parada cardíaca, segundo o cardiologista Jomar Souza. E isso requer acompanhamento médico.

Como parar: De acordo com a cardiologista Isa Bragança, não faz bem à saúde do coração parar um exercício abruptamente. O ideal é o que se chama de recuperação ativa, em que o corpo reduz gradativamente o ritmo de uma corrida, por exemplo, até interrompê-la em definitivo.

Atletas eventuais: São os mais sujeitos a lesões, de acordo com especialistas em medicina do esporte. Se são atletas na meia-idade e têm histórico de problemas cardíacos na família, hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC), o risco é maior.

Exame confuso: O médico Jomar Souza explica que há casos em que um atleta passa por um ecocardiograma que indica um aumento na espessura da parede que divide os lados esquerdo e direito do coração, o que nem sempre é diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, doença que mais mata atletas jovens. O médico explica que, se a parede ficar com espessura entre 11 e 16 milímetros, o paciente deve deixar os exercícios por seis meses e repetir o exame. Se a parede voltar ao normal, houve apenas uma adaptação do músculo cardíaco aos exercícios.

Condições ruins: Fumar logo após o fim de um exercício aumenta a probabilidade de ocorrer um espasmo no músculo cardíaco, segundo o cardiologista francês Eloi Marijon.

Osteoporose: a prevenção começa aos 20 anos

osteoporose-a-prevencao-comeca-aos-20-anos
A osteoporose, doença que enfraquece os ossos, não afeta apenas as mulheres idosas.

Segundo o ortopedista Alberto Croci, mulheres entre 20 e 40 anos também podem sofrer desse mal, porque é justamente nessa fase que se inicia um lento processo de perda de massa óssea. O grande perigo da doença precoce está num fato simples: ela é “silenciosa”.

“A osteoporose não dá sinais, e isso dificulta o diagnóstico, o que pode resultar num tratamento tardio”, alerta Croci. Mulheres que já têm casos da doença na família devem ficar ainda mais atentas para não deixar de fazer o exame que detecta a doença, a densitometria óssea. Veja outras maneiras de se prevenir e comece o quanto antes!

Consuma a quantidade ideal de cálcio
Para adultos, recomenda-se 1.000 mg por dia, o equivalente a quatro copos de 250 ml de leite. Quem não é fã da bebida pode trocá-la por iogurte ou queijos (uma fatia grossa equivale a um copo de leite). Vegetais de cor verde-escura também têm cálcio. Além disso, a vitamina D ajuda a fixar o mineral no organismo. Por isso, coma com frequência peixe, fígado, cogumelo e gema de ovo.

Faça exames periódicos
Como a perda de massa óssea, em geral, não provoca sintomas, o diagnóstico da osteoporose é feito por meio da densitometria óssea, exame que as mulheres devem fazer a cada dois anos, após o início da menopausa. O ideal é fazer a primeira densitometria aos 20 anos e seguir as orientações do seu médico.

Pratique atividade física
As fraturas relacionadas à perda de massa óssea estão entre as principais causas de incapacidade permanente. Mas quem pratica uma atividade física pode reduzir esse risco, já que alguns exercícios
aumentam a massa óssea e muscular. As atividades mais recomendadas são:
· Exercícios aeróbicos: caminhar, dançar.
· Exercícios de resistência: pesos livres,máquinas com peso, faixas elásticas.
· Exercícios de equilíbrio: tai chi, yoga.
· Pedalar: bicicletas comuns ou ergométricas.

A dieta que fortalece os ossos
Se você não gosta de leite ou tem intolerância à lactose, há outras maneiras de suplementar o cálcio em sua alimentação.
Veja algumas opções saudáveis:
Coma mais peixe
Entre as espécies ricas em cálcio, a sardinha é a melhor opção: oferece metade da necessidade diária em apenas quatro unidades (100 g). O badejo tem metade do cálcio da sardinha, mas também é um dos peixes mais ricos na substância.
Lembre-se da soja!
Bebidas à base de soja fornecem 40 mg de cálcio por copo. Mesmo que você não goste muito do sabor, vale a pena tentar!
Faça um aperitivo
Consuma azeitona verde, também rica em cálcio, embora seja bem calórica (portanto, não exagere na dose).
Coloque feijão no prato
Uma concha e meia (160 g) de feijão rosinha oferece 10% do cálcio necessário (é a mesma quantidade do mineral encontrada em duas unidades de laranja-lima ou em uma colher e meia de requeijão).

Coma verduras e frutas

Entre as saladas, a de alfafa é a mais proveitosa, com mais de 500 mg de cálcio por 100 g do alimento. Acelga e agrião também são ótimas opções. Com relação às frutas, figo e ameixa são boas escolhas.

Gargalhadas contra a dor?

Gargalhadas Estudos que saíram do forno mostram que o ditado é velho, mas funciona como se fosse a última novidade da ciência: rir (ainda) é o melhor remédio.

Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, atesta que a risada aumenta a tolerância à dor. Um primeiro grupo de voluntários assistiu a vídeos cômicos, enquanto outra metade dos participantes viu programas bem chatos. Após a sessão, os especialistas provocaram sensações dolorosas nas duas plateias. Aqueles que deram gargalhadas puderam suportar até 10% mais dor do que os clinicamente entediados.

“O humor é capaz de diminuir as dores devido à liberação de endorfina”, acredita Robin Dunbar, autor do experimento e diretor do Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford. A endorfina é um hormônio que gera euforia, atenuando o incômodo físico e o estresse psicológico. A pesquisa inglesa mostra ainda que existem risadas e risadas em relação à química do bem-estar. “O riso relaxado e social é o único que funciona. Já o polido, que soltamos por educação, não tem efeito nenhum”, sinaliza Dunbar.

A antropóloga Mirian Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, observa: “A risada é uma chave para a intimidade, contato físico e emocional”. Ou seja, rir nos aproxima. Mirian destaca a importância do humor para uma boa qualidade de vida. “Ele é um meio de comunicação, que provoca um verdadeiro prazer físico e mental.”

Especialistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desvendaram outro elo, dessa vez entre as gargalhadas e o aumento do calibre dos vasos sanguíneos. Os voluntários tiveram que assistir a dois filmes, um violento e outro de comédia. Os cientistas perceberam que o fluxo de sangue crescia 22% nas risadas e diminuía 35% durante as cenas de tensão. Por isso, Michael Miller, autor da pesquisa e diretor do Centro de Cardiologia Preventiva da universidade americana, sugere uma dose diária de risadas. “Para obter o melhor efeito para o coração, devemos rir até chorar”, diz o especialista. A cardiologista Patrícia Oliveira, do Instituto do Coração de São Paulo, finaliza: “Quando os vasos ficam dilatados, a pressão cai e há uma diminuição de outros fatores por trás do risco de doenças cardiovasculares”. O peito vai bater de alegria.

Para rir à toa

Indicada para todas as idades, a risoterapia ganha cada vez mais adeptos como uma maneira de superar problemas e encarar o mundo sob uma nova perspectiva. “Nós nos baseamos na risada das crianças. Os pequenos riem com o corpo, e não por meio do intelecto”, conta Mari Tereza, uma das fundadoras do Clube da Gargalhada, em Belo Horizonte (MG), grupo pioneiro na América Latina. O riso é induzido por meio de exercícios respiratórios, sons, mímicas e, principalmente, contato olho a olho. Em três meses, o indivíduo já começa a sentir os resultados do bom humor.

O descanso também faz parte do treino

o-descanso-tambem-faz-parte-do-treino Além do treinamento, o sono é um importante aliado na qualidade de vida.

A necessidade do organismo de repor os estoques energéticos e funcionais, além de regenerar tecidos durante o sono, precisa ser levada tão a sério quanto treinar. O corpo pede descanso após um treino e isso deve ser feito de maneira adequada, caso contrário não haverá tempo hábil para uma recuperação necessária antes da próxima atividade.

Para ter um bom sono afim de não afetar a qualidade do treino e ter um relaxamento adequado, é importante considerar o período da atividade.

Treinos noturnos:

•Tomar o cuidado de ter um intervalo mínimo de duas horas entre terminar o exercício e ir dormir. Esse é o período necessário para desacelerar o metabolismo. Portanto, evite programas estimulantes, como jogos e atividades de muita ação.

Treinos diurnos:

Quem treina de manhã terá um maior período de gasto calórico, pois o corpo permanecerá em atividade durante o dia e depois o sono será mais regenerativo, mesmo que muitas horas depois da atividade. E quanto maior a recuperação do corpo à noite, ou seja, quanto maior a qualidade de sono, maior o fator emagrecimento também.

Doença de Gaucher: Primeiro remédio a base de legume geneticamente modificado é aprovado nos EUA

-doenca-de-gaucher-primeiro-remedio-a-base-de-legume-geneticamente-modificado-e-aprovado-nos-eua A Administração federal de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) americana acabou de aprovar a droga Elelyso, feita de cenoura geneticamente modificada, para o tratamento de pacientes da Doença de Gaucher.


A Doença de Gaucher é uma doença genética e progressiva, que pode causar problemas que vão de infecção dos ossos até anemia.

A condição é a mais comum das doenças lisossômicas de depósito (doenças que acumulam restos de células envelhecidas depositadas nos lisossomos, que são pequenas estruturas celulares que contêm enzimas essenciais ao equilíbrio do organismo).

Esse tipo de doença faz parte de um conjunto de mais de 40 enfermidades genéticas que têm como característica a deficiência de uma ou mais enzimas. Os pacientes da Doença de Gaucher não têm uma enzima específica, a ß-glicosidase ácida, ou glicocerebrosidase.

A nova droga, desenvolvida pela empresa israelense de biotecnologia Protalix Biotherapeutics, diminui e alivia os sintomas da Doença de Gaucher. Ela foi desenvolvida a partir de um método que conseguiu criar a enzima humana em cenouras geneticamente modificadas.

Em um estudo conduzido com pacientes da doença, os que receberam o tratamento inovador mostraram melhoras significativas, comparáveis a outros tratamentos da condição.

Esse é um passo importante na aprovação de outras drogas “biocriadas”, originadas de plantas geneticamente modificadas.

As vantagens
Até agora, o tratamento mais comum para a Doença de Gaucher era a droga Cerezyme. Porém, a escassez do remédio prejudicava muitos pacientes, que sofriam com os sintomas, que podem ser terríveis, da doença.

Cerezyme e outras drogas para a Doença de Gaucher criam enzimas humanas a partir de células de mamíferos, por exemplo, hamsters.

Quanto ao modo de fabricação, a Elelyso é parecida com os outros remédios, mas suas vantagens são que a cultura de plantas é bem mais fácil que a cultura de células animais, e, também, elas não são expostas a patógenos e vírus que as células animais são.

No entanto, a FDA até então tinha um pé atrás com drogas feitas a partir de engenharia genética. Agora, os especialistas acreditam que esse primeiro passo de aprovação vai estimular muito a indústria farmacêutica e abrir portas para mais remédios de plantas modificadas.

Para aliviar os sintomas de pacientes da Doença de Gaucher, parece uma boa solução. Nos resta aguardar para ver seus benefícios.

Pesquisa mostra como célula elimina proteínas oxidadas

pesquisa-mostra-como-celula-elimina-proteinas-oxidadas Segundo estudiosos, a proteína danificada ou oxidada no organismo pode causar diversas neuropatologias, como Alzheimer e Parkinson

O surgimento do oxigênio e do metabolismo aeróbico na Terra permitiu aos seres vivos aproveitar a energia dos alimentos de forma muito mais eficiente. Essa conquista evolutiva, porém, teve um preço: deixou as células sujeitas à ação de substâncias oxidantes.

A missão de livrar as células de proteínas indesejadas, oxidadas ou não, é do proteico proteassomo
Esses subprodutos da respiração aeróbica interagem com proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos fazendo com que essas macromoléculas percam sua função. Tal processo pode levar à morte celular e, nos seres mais complexos como os humanos, ser a base de doenças como câncer, artrite, aterosclerose, Parkinson e Alzheimer.

Mas os organismos, felizmente, desenvolveram mecanismos para se proteger dos danos oxidativos. Um deles foi recentemente descoberto por pesquisadores brasileiros e mereceu destaque na capa da revista Antioxidants & Redox Signaling, uma das mais importantes na área.

O estudo, financiada pela Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa Regular e coordenada pela pesquisadora Marilene Demasi, do laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantã, mostrou a estratégia usada pela célula da levedura Saccharomyces cerevisiae para acelerar a degradação de proteínas oxidadas.

“Além de perder função, a proteína danificada por substâncias oxidantes tende a se agregar e hoje sabemos que isso é a causa de diversas neuropatologias. A melhor defesa das células é degradar essas moléculas”, explicou Demasi.

A missão de livrar as células de proteínas indesejadas, sejam elas oxidadas ou não, cabe a um complexo proteico chamado proteassomo. “Ele regula diversas funções, como a resposta a estímulos internos e externos, a divisão e a morte celular. Essa regulação é feita por meio da degradação das proteínas envolvidas em todos esses processos”, explicou Demasi.

Esse sistema, contou a pesquisadora, se mantém ao longo da cadeia evolutiva em todos os organismos eucarióticos, ou seja, que possuem células com núcleo isolado do citoplasma por uma membrana e diversas organelas. Está presente, portanto, desde seres unicelulares até plantas e animais.

“Sabíamos que em situações de estresse oxidativo o proteassomo passa por um processo chamado glutatiolação e queríamos entender o motivo. A pesquisa mostrou, pela primeira vez, que o proteassomo glutatiolado é capaz de degradar as proteínas oxidadas com maior velocidade e menor gasto energético para célula”, contou Demasi.

A glutatiolação, explicou a pesquisadora, é um tipo de modificação oxidativa que afeta os resíduos do aminoácido cisteína existentes no proteassomo. “Mas esta é uma modificação oxidativa não deletéria e reversível, que funciona como mecanismo de proteção da célula”, afirmou.

Abrindo os portões



Para que o proteassomo reconheça as proteínas a serem eliminadas durante os processos normais de regulação celular, esses alvos são marcados com uma outra proteína chamada ubiquitina. Os cientistas sabiam, no entanto, que quando se tratava de degradar proteínas oxidadas essa sinalização era desnecessária.

Para entender exatamente o que ocorre dentro do proteassomo, os pesquisadores recorreram à microscopia eletrônica de transmissão e à uma técnica conhecida como small angle X-ray scattering (SAXS), desenvolvida pela equipe do professor Cristiano de Oliveira, do Instituto de Física da USP. O método permite analisar a molécula em solução e fazer medidas a partir de modelagem estrutural.

“O proteassomo tem uma estrutura cilíndrica, com abertura nas extremidades. Mas essas entradas normalmente ficam fechadas. Conseguimos mostrar que, quando o proteassomo está glutatiolado, esses portões se abrem permitindo a entrada da proteína oxidada”, contou Demasi.

Também foi possível confirmar, por meio da espectometria de massa, que apenas duas das 32 cisteínas existentes no proteassomo sofrem glutatiolação - e justamente aquelas relacionadas à abertura e ao fechamento da câmera catalítica, que é o local onde as proteínas entram para serem degradadas. Essa parte do trabalho foi feita em colaboração com a equipe do professor Fabio Gozzo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Uma das duas cisteínas que encontramos glutatioladas é altamente conservada ao longo da cadeia evolutiva, ocorrendo desde a levedura até o homem”, ressaltou Demasi. “Esse é um resultado muito importante, pois ninguém havia mostrado antes que o proteassomo sofre regulação redox.”

O trabalho foi realizado no âmbito do Projeto Temático " Aspectos biológicos de tióis: estrutura protéica, defesa antioxidante, sinalização e estados redox ", coordenado pelo biólogo Luis Eduardo Soares Netto, do Instituto de Biociências da USP.

Demasi e Netto também são ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma).

Qual é a sua pisada?

qual-e-a-sua-pisada Cada pessoa tem um formato de pé e, portanto, um jeito de pisar. E para cada tipo, existe um calçado próprio que pode auxiliar na prevenção de lesões.



Comprar um tênis para correr não é tarefa fácil: nas prateleiras, há muitos modelos, cores e marcas para todos os gostos e bolsos. Mas antes de optar pelo mais bonito, é preciso saber se ele é adequado para você. “Ao observar uma pessoa em pé, descalça, é possível identificar se o pé é normal, cavo varo (com a curvatura acentuada) ou plano valgo (conhecido como pé chato). Quando ela corre, temos a condição de perceber se a pisada é neutra, supinada ou pronada”, explica o médico do Hospital das Clínicas, Rafael Trevisan Ortiz, de São Paulo. Ou seja: essas características, que interferem na nossa maneira de andar, também influenciam na hora de correr.

Segundo o médico e coordenador da equipe de ortopedia do Hospital Nossa Senhora das Graças, Renato Cesar Sahagoff Raad, de Curitiba, o uso de um tênis inadequado resulta em graves consequências à saúde: “Há o risco de você ter dores nas pernas, nos tornozelos e nos joelhos, com irradiação para a região lombar, limitando a realização de qualquer atividade”.

Andreia Nogueira Miana, fisioterapeuta e mestre em Biomecânica, explica que se você tiver pisada supinada e usar um tênis para pronada, por exemplo, o calçado fará com que o seu pé supine ainda mais.

Longe das lesões

Mas o uso de um calçado impróprio, muitas vezes, pode acabar causando lesões articulares e musculares. Segundo o professor Darren Stefanyshyn, da Universidade de Calgary, no Canadá, de 37% a 56% dos corredores lesionam o joelho ou a canela em um ano de atividade e apresentam problemas nas articulações dois anos após o início do treinamento — em muitos casos, motivado pela escolha do calçado errado.

O problema é que nem sempre usar o tênis adequado é capaz de arrumar a pisada. “Algumas pessoas até conseguem, mas muitas não atingem essa correção”, diz a fisioterapeuta Andreia Nogueira Miana. Isso acontece porque existem ângulos diferentes de pronação ou supinação, que variam de pessoa para pessoa. Para uma avaliação precisa, o melhor é fazer um teste em laboratório, que analisa o movimento do retropé (parte detrás do pé) por baropodometria. “Marcadores são presos nos calcanhares e nos pés e, a partir do ângulo observado durante a corrida, é identificada com precisão o tipo da pisada”, explica. A análise feita por esse método consegue reconhecer até se os dois pés apresentam o mesmo tipo de pisada. “É comum, por exemplo, uma pessoa ter pronação no pé esquerdo e pisada neutra no direito. Nesse caso, não adianta comprar um tênis para a pronada. Quando isso acontece, indicamos o uso de palmilhas”, completa a fisioterapeuta.

Tênis tem prazo de validade

Não adianta escolher o tênis adequado se você não respeitar a vida útil do calçado. Muita gente esquece, mas ele tem prazo de validade — dura, em média, de 500 a 700 km. Não dá para estipular com precisão a durabilidade do tênis, tudo depende da frequência e maneira de uso. “Uma atleta que corre 10 km por dia, por exemplo, deve trocar o tênis a cada 70 dias. Após esse período, o sistema de amortecimento pode ficar comprometido”, diz o médico Renato Raad. O ideal é ter pelo menos dois pares e fazer um rodízio. Dê um intervalo de 24 horas para que as deformações que acontecem na sola desapareçam e ela volte à forma normal.

Conheça sua pisada
Existem três tipos de pisada: a neutra, a pronada e a supinada. O melhor modo de descobrir o seu tipo é com uma avaliação profissional, no entanto, dá para ter uma noção em casa. Observe a sola do seu tênis ou calçado e tente identificar a sua pisada:

Pisada neutra: apoia o pé no solo de maneira uniforme.
Pisada pronada: pisa para dentro, apoiando o pé com o lado interno (o desgaste na borda interna do tênis é maior).
Pisada supinada: apoia o pé para fora (o desgaste é maior na parte externa do tênis).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pular o café da manhã aumenta o risco de diabetes?

pular-o-cafe-da-manha-aumenta-o-risco-de-diabetes Um novo estudo descobriu que pessoas que não tomam café da manhã regularmente têm um risco 21% maior de desenvolver diabetes, mesmo levando em conta fatores como índice de massa corporal e qualidade do café da manhã.


Segundo uma campanha nacional do Ministério da Saúde para detectar a doença no Brasil, pelo menos 14,67% da população com mais de 40 anos pode ser diabética. Isso significa que 3 milhões dos quase 20 milhões de brasileiros testados nos centros de saúde de todo o país apresentam níveis de açúcar acima do recomendável no sangue.

Estimativas indicam que, nos próximos 25 anos, o número de diabéticos pode dobrar em todo o mundo: serão 300 milhões de pacientes.

Em face desses números devastadores, e do fato de que a diabetes é uma doença crônica que não tem cura, embora possa ser controlada, é necessário cada vez mais olhar para seu estilo de vida e alimentação para evitar desenvolver a condição.

A nova pesquisa, publicada no periódico The American Journal of Clinical Nutrition, seguiu 29.000 homens por 16 anos e mostrou que pular o café da manhã aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 (que 2.000 dos participantes desenvolveram).

Outros estudos que também mostram essa ligação sugerem que comer bem de manhã estabiliza o nível de açúcar no sangue durante o dia, ou que consumir muitas calorias à noite aumenta os níveis de açúcar no sangue, que tem tudo a ver com a doença, caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue.

Os benefícios do café da manhã

A nutricionista Daniela Jobst explica que, apesar de muitas pessoas acharem que não comer de manhã pode ajudar na dieta, o oposto ocorre. Ter uma alimentação balanceada que leva a perda de peso significa comer a cada 4 horas, e começar pelo café da manhã é imprescindível.

Segundo estudos, entre os benefícios do café da manhã, podemos citar:

Melhoras no humor, memória e energia para gastarmos ao longo do dia (o café da manhã nos dá mais força e resistência para nos envolvermos em atividade física, e melhora nosso humor e memória);

Evita a perda de massa muscular e o ganho de peso, e garante refeições mais balanceadas (principalmente porque nos faz comer menos em outros horários, como no almoço, já que comemos bem de manhã);

Diminui a fome durante o dia e os níveis de colesterol;

Ativa o metabolismo;

Evita o depósito de gordura localizada;

Ajuda nas atividades intelectuais (o café da manha ajuda na concentração e desempenho em sala de aula ou reuniões de trabalho, inclusive dando a adolescentes mais estímulo para resolver problemas);

Ajuda as pessoas a terem uma dieta nutricionalmente mais completa, com nutrientes, vitaminas e minerais;
Diminui os riscos de desenvolver diabetes.

Como funciona o controle antidoping?

saiba-como-funciona-o-controle-antidoping Os Oficiais de Controle de Doping, os OCDs, obrigatoriamente sem vínculos com clubes, normalmente são profissionais da área (educação física, medicina ou fisioterapia). São eles os responsáveis pelo procedimento do teste antidoping em atletas após as competições.


É a manhã nublada de uma sexta-feira em Guarulhos, na Grande São Paulo. Na sala de eventos de um hotel, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) promove o seu Sistema de Formação e Certificação.

Daquela sala, sairão 22 novos Oficiais de Controle de Doping, os OCDs. Obrigatoriamente sem vínculos com clubes, normalmente são profissionais da área (educação física, medicina ou fisioterapia). São eles os responsáveis pelo procedimento do teste antidoping em atletas após as competições, desde a coleta de urina e preenchimento de dados até o envio das amostras para laboratório.

Seleção para o teste- É o OCD quem define os atletas que serão testados. Os critérios mais utilizados são desempenho (os primeiros colocados), histórico (quem já testou positivo) ou suspeita. Uma competição pode ter de um a três OCDs, dependendo do número de provas.

Material- No curso da CBAt está disponível o mesmo material utilizado em uma coleta de urina para exame antidoping. Os OCDs têm um vasto arsenal à sua disposição:

Formulário padrão - onde é identificado o atleta, o torneio e outros dados relevantes;

Copinho de plástico para a coleta (com bico de dosagem) - onde o atleta urina;

Frascos de vidro com tampa rosqueável - este é o recipiente que irá para o laboratório, sua tampa trava após fechada;

Embalagens de isopor para transporte;

Stickers de identificação para serem colados no formulário - com o mesmo número de controle dos frascos de vidro, são eles que garantem que a urina é de determinado atleta.

Procedimento- O OCD preenche o formulário de cadastro com os dados que o atleta fornece e esclarece como será a coleta. Assim que o competidor é notificado, ele tem uma hora para fazer o exame, podendo sair da sala de controle nesse período.

Porém, a partir da notificação o atleta é acompanhado o tempo todo por uma escolta, que vira sua “sombra”: onde quer que o competidor for, será acompanhado, inclusive se for ao banheiro. A coleta de urina é feita na presença do agente de controle, seja o OCD ou a escolta – contanto que seja uma pessoa do mesmo sexo que o atleta.

Após a coleta, o OCD mede a densidade da urina com um refratômetro ou com um medidor descartável. Se o nível não for adequado, é necessário o fornecimento de outra amostra. “O atleta não pode tomar muita água, senão a urina vem muito diluída, o que impossibilita a detecção das substâncias testadas”, explica Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping (Anad) da CBAt.

Nesse procedimento de teste da densidade, há o cuidado para não contaminar a amostra. O oficial utiliza o bico dosador do copo plástico para extrair uma pequena quantidade de urina, sem qualquer contato com o resto do conteúdo. Em todo o processo, a urina do atleta fica protegida de qualquer contaminação externa.

Finalização- Caso a densidade esteja em um nível aceitável, o OCD transfere a urina para os frascos de vidro (amostra A e B) e os lacra. O atleta confere o formulário e, se não estiver de acordo com algum procedimento, relata a não conformidade em um dos passos.

Depois que o atleta assina o formulário, os frascos são colocados em um recipiente de isopor e enviados para análise no Ladetec, laboratório da UFRJ. É lá que será testada a presença de substâncias ilegais.
.

Exame pode dar dicas sobre o apetite e futuros comportamentos das pessoas

exame-pode-dar-dicas-sobre-o-apetite-e-futuros-comportamentos-das-pessoas Dentre os muitos absurdos que pensamos, você já imaginou que uma ressonância magnética do cérebro pudesse prever quanto sexo você fará e quanto vai engordar?


Pois é. Isso é possível, segundo pesquisa da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos.

Publicada no periódico “The Journal of Neuroscience”, a pesquisa indica que esse simples exame pode dar dicas sobre o apetite e futuros comportamentos das pessoas.

“É a primeira vez que um estudo utiliza imageamento cerebral para prever consequências importantes do mundo real durante um certo período de tempo”, diz o neurocientista Todd Heatherton, um dos autores do estudo.

Fazendo uso da ressonância magnética, os pesquisadores focaram suas análises em uma região do cérebro conhecida como nucleus accumbens – ou centro de recompensa do cérebro, que exerce um papel importante no prazer, riso, agressão, medo, vício, entre outros.

Estudantes universitários foram submetidos aos exames e, durante a realização das ressonâncias, algumas fotos eram mostradas. Havia imagens de animais, ambientes, comidas e pessoas, individualmente.

Seis meses depois, seus pesos e respostas aos questionários sobre seus comportamentos sexuais foram comparados com seus pesos anteriores e os exames do cérebro.

“As pessoas cujos cérebros responderam mais fortemente às imagens de comida foram as que mais ganharam peso”, explica Kathryn Demos, membro do grupo de pesquisa e da Escola de Medicina da Universidade Brown, também nos Estados Unidos.

O mesmo aconteceu com as pessoas que tiveram respostas cerebrais mais fortes às imagens relacionados ao sexo.

Isso comprova, segundo os cientistas da Universidade de Dartmouth, como somos afetados por estímulos externos, como, por exemplo, o aparentemente inofensivo papel de bandeja de muitas redes de fast-food.

“Você precisa estar pensando continuamente sobre seu comportamento se quiser regulá-lo”, destaca Demos.

Fim das gorduras: proteína que regula criação das células de gordura é descoberta

fim-das-gorduras-proteina-que-regula-criacao-das-celulas-de-gordura-e-descoberta Um novo estudo pode ter revelado o que faz uma célula tronco se transformar em uma de gordura: uma proteína, a endoglina, que regula o tipo de célula que uma tronco vai virar.



A pesquisa, liderada por Adam Reese e Anja Nohe, da Universidade de Delaware, pode ser usada tanto para o tratamento da obesidade quanto da osteoporose. Isso porque a quantidade de endoglina na superfície celular indica se a célula será de gordura ou de osso.

Cerca de um quinto do esqueleto de um adulto é renovado todos os anos, mas com a idade pode começar a acontecer a redução da formação óssea. Se for confirmada a hipótese da proteína ser a chave para esse processo, poderemos no futuro decidir se uma célula será gordurosa ou óssea.

Mais estudos sobre a endolgina ainda estão por vir!

Atividade física: A reciclagem do corpo humano

atividade-fisica-a-reciclagem-do-corpo-humano Uma nova teoria desvenda de que maneira a atividade física transforma potenciais ameaças à nossa saúde em benefícios, protegendo o organismo de uma série de doenças

As fábricas, ao produzirem suas mercadorias, inevitavelmente geram lixo. São restos de materiais, gases tóxicos, máquinas quebradas e por aí vai. Sem uma limpeza adequada, os dejetos se acumulam até o ponto em que atrapalham o dia a dia da indústria. Com o corpo acontece algo semelhante. As tarefas realizadas pelas células culminam em resíduos nocivos que, se não colocados na lixeira, comprometem seu trabalho e o de suas companheiras. Ainda bem que há um mecanismo responsável por nos livrar dessa sujeira e, assim, manter cada uma das pequenas unidades do organismo saudáveis. Mas, em vez de jogar fora as porcarias, essa estratégia natural, chamada de autofagia, reutiliza o entulho em prol do bom funcionamento celular.

A grande surpresa, revelada em uma pesquisa com camundongos da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, é que os exercícios promovem essa espécie de reciclagem. Mais do que isso, o estudo comprova que o fenômeno estimulado pela prática esportiva realmente faz um bem danado por, entre outras coisas, varrer para longe um dos males que mais crescem em incidência atualmente: o diabete.

"No tecido muscular, a autofagia facilita o aproveitamento de glicose nas células e, com isso, evita picos de açúcar no sangue que culminam no transtorno", relata Congcong He, autora do levantamento. Esse processo também deixa as células do pâncreas livres de partículas prejudiciais e, logo, funcionando a pleno vapor para fornecer insulina, o hormônio que bota a glicose dentro da célula.

Por mais que Congcong He tenha concentrado seus esforços recentes no diabete, ela vê a autofagia como uma explicação plausível para o fato de a atividade física barrar o surgimento de outros problemas sérios, como um câncer. "Ela diminui o risco de mutações que desencadeiam tumores", resume a cientista.

Uma das razões para isso — e que, aliás, esclarece o porquê de sessões na academia rejuvenescerem o corpo — é que um sistema eficiente de reciclagem no organismo baixa a concentração de radicais livres, moléculas capazes de lesar toda a célula, inclusive seu DNA. É que ele transforma mitocôndrias defeituosas em outras novinhas em folha, como já mostramos no infográfico das páginas anteriores. "Quando essas estruturas possuem falhas, produzem uma quantidade grande de radicais livres ao fornecerem energia", ensina Rafael Herling Lambertucci, educador físico da Universidade Cruzeiro do Sul, na capital paulista.

Em algumas situações, no entanto, nem mesmo uma equipe de limpeza altamente preparada consegue livrar certas células de toda a sucata acumulada. Quando o caso é crítico assim, elas mesmas costumam se desligar em um complexo processo denominado apoptose. "É uma autofagia da célula inteira. E os exercícios aprimoram essa ação de defesa", esclarece Marcelo Aisen, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, em São Paulo. Resultado: menor probabilidade de um pedacinho problemático da gente escapar da coleta seletiva e, então, começar a causar estragos nas imediações que às vezes levam ao câncer.

Agora, se por um lado o elo estabelecido entre a malhação e a autofagia seja animador, alguns especialistas pedem um pouco de cautela. "Trata-se de uma descoberta novíssima e, por isso, há muito para estudar antes de compreendermos suas implicações à saúde de cada um", pondera Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. "Mais do que isso, essa suposta consequência da prática esportiva não explica todas as vantagens proporcionadas por ela", completa. Por exemplo: assim como abandonar o sedentarismo faz uma espécie de higienização das células cardíacas, deixando-as mais fortes e menos propensas a panes, essa atitude aumenta a fabricação de óxido nítrico, uma substância que dilata os vasos sanguíneos. Em outras palavras, levantar-se da cadeira e ir para a ginástica debela doenças cardiovasculares em no mínimo duas frentes.

E quanto seria necessário ralar para incrementar a nossa reciclagem interna? "Ainda não há uma definição de dose ideal, até porque isso deve variar de pessoa para pessoa. Mas o estudo sugere que a regularidade é peça-chave para que a autofagia seja realmente positiva", avalia o fisiologista Orlando Laitano, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, Pernambuco. Suar com frequência pode até sujar a camiseta, mas limpa seu corpo de vários vilões do bem-estar.

Um remédio que imita a atividade física
Graças ao trabalho americano, no futuro talvez a gente encontre pílulas que incitem a autofagia como uma corrida, o que ajudaria no combate a várias doenças. Porém, isso demorará para acontecer — se acontecer. Por isso, o esporte ainda é o melhor medicamento.

A inanição serve como um exercício?
Já existem evidências científicas sólidas de que ficar um bom tempo sem comer também ativa a autofagia. "Só que, nesse contexto, o processo é deflagrado com o intuito de consumir o interior das células para garantir um pouco mais de energia", relata o educador físico Rafael Lambertucci. Ou seja, um estômago vazio por um período prolongado não preserva cada uma das partes que nos compõem, mas, sim, as queima aos poucos só para garantir a sobrevivência do indivíduo.

O reaproveitamento do lixo

Veja como a autofagia atua dentro da célula:

Acúmulo de dejetos
Com o passar do tempo, certas moléculas de proteína que participam de inúmeras tarefas das células ou que formam sua maquinaria e seu DNA começam a apresentar defeitos. É um enorme amontoado de resíduos tóxicos que, sem tratamento, gera um caos nada saudável, capaz de repercutir na integridade celular e no tecido da qual ela faz parte.

Ameaças ensacadas
Ainda não se sabe exatamente como, mas o exercício auxilia o organismo a criar em maior quantidade autofagossomos mais eficientes e rápidos. Trata-se de membranas que englobam as sobras maléficas, impedindo que elas continuem a causar estragos.

Centro de compostagem
Os sacos de lixo — ou melhor, os autofagossomos — desembocam em lisossomos, que aproveitam o material antes perigoso para construir proteínas novas. As principais funções delas você conhece abaixo:

1. Mitocôndrias
Juntas, as moléculas recicladas podem formar a organela com o nome acima. E é ela que, ao se valer de glicose e oxigênio, fabrica energia para as atividades do organismo, de uma contração muscular até o armazenamento de memórias.

2. Energia extra
Se a célula necessitar de um gás a mais urgentemente, aquelas proteínas são quebradas em componentes menores, parecidos com carboidratos e gorduras. Ou seja, com potencial para se tornarem substratos energéticos.

3. DNA
Nosso código genético é formado por uma grande sequência de aminoácidos. Quando um deles falha, outro pode ser obtido por meio daquelas partículas reaproveitadas, deixando nossos genes intactos.

Corpo renovado

A conversão do lixo celular em material aproveitável traz ganhos dos pés à cabeça:

Coração
Além de oferecer gás extra para aqueles momentos mais desgastantes, a autofagia mantém as células do peito com saúde para dar e vender, o que aplaca o risco de complicações.

Pâncreas
As células beta desse órgão produzem insulina, hormônio que controla a glicemia. Elas desempenham melhor seu papel quando não há resíduos tóxicos por ali e toda a maquinaria está em ordem.

Câncer
Os substratos reciclados substituem pedaços falhos do DNA que poderiam transformar uma célula sadia em uma potencialmente cancerosa.

Músculos
Suas fibras conquistam resistência por conseguirem aproveitar com eficácia a glicose. Assim, as caminhadas ficam mais longas — ou até viram corridas com o passar do tempo.

Metabolismo
Em tese, ele se tornaria acelerado quando somos ativos porque, entre outras coisas, células imaculadas simplesmente trabalham em dobro e, dessa forma, gastam mais calorias.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O que comer antes e depois de ir para academia?

o-que-comer-antes-e-depois-de-ir-para-academia
Médico nutrólogo explica que os alimentos devem ser escolhidos de acordo com as necessidades individuais de cada um.
A alimentação para quem faz academia vai de acordo com o objetivo de cada pessoa e de suas necessidades individuais, se é, por exemplo, ganhar massa corporal (músculos) ou emagrecer, é o que alerta Milton Mizumoto, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Se a pessoa está em busca de ganhar músculos, tanto os carboidratos como as proteínas são fundamentais na alimentação. “O primeiro funciona como energético e o segundo como construtor”, diz. Mizumoto ressalta ainda que não se deve esquecer das vitaminas, que também são essenciais. “Principalmente as hidrossolúveis, como tiamina, riboflavina, nicotinamida, acido pantotênico, piridoxina, biotina, cianocobalamina e ácido ascórbico, responsáveis pela transferência de energia no metabolismo dos lipídeos, carboidratos e proteínas”.

Por outro lado, quem vai à malhação querendo emagrecer deve controlar o consumo de carboidratos, pois possuem alta quantidade de calorias. “Alimentos de alto índice glicêmico como açúcar, biscoitos, massas, bolos e doces devem ser evitados quando no estado de repouso, visto que ao ingerir carboidratos em repouso acarreta a produção pancreática de insulina e esta irá sequestrar a glicose do sangue para armazená-la no adipócito na forma de ácidos graxos ou triglicérides”.

Nesses casos as melhores opções são as que oferecem poucas calorias e muitos biorreguladores (como vitaminas e minerais). “Vegetais folhosos ricos em celulose e frutas ricas em pectina (polissacarídeo de ácido poligalacturônico) como a maçã, pêra, goiaba, nêspera e ameixa são excelentes opções”, afirma Mizumoto.

Mas lembra que uma alimentação balanceada também é muito importante para todos os tipos de treinos. “O balanceamento das proteínas, lipídeos, carboidratos e biorreguladores deverá acompanhar as necessidades energéticas e construtoras de acordo com o volume, a intensidade, a densidade e a periodicidade da planilha de treino, portanto, o entrosamento entre o nutrólogo e o treinador deverá ser o mais harmônico possível durante o macro, meso e microciclo do atleta”.

Parada rápida para um lanche durante o treino?

O especialista alerta que, até duas horas de treino, o importante é o que foi consumido antes do treino para estocar glicogênio muscular. “Agora, quando o exercício ultrapassa às duas horas, a glicose sanguínea oriunda dos alimentos ricos em carboidratos ingeridos durante o exercício, tornam-se fatores determinantes da continuidade do esforço físico”.

Alimentação antes de ir à academia

O médico nutrólogo diz que se alimentar antes da malhação também varia de cada pessoa, que dependerá se o atleta tem hipoglicemia reativa ou não, se ele reage ao consumo prévio de carboidratos de alto índice glicêmico.

“Caso ele seja reativo, o consumo de energéticos ricos em carboidratos deverá ocorrer apenas quando ele começar o exercício, pois com o aumento do esforço físico e do tempo prolongado induz a produção de adrenalina, noradrenalina, cortisol e glucagon, que inibem a liberação de insulina pelo pâncreas, evitando assim a hipoglicemia reativa, o que poderia prejudicar a performance do atleta”.

Após o treino

“Imediatamente após o término do exercício, até aproximadamente 45 minutos depois, é o melhor momento para ingerir carboidrato de alto índice glicêmico, pois nesta janela de tempo o carboidrato ingerido é depositado entre as fibras musculares, refazendo o estoque de glicogênio para a próxima sessão de atividade física”, conclui.

Brasil testa 1º coração artificial

brasil-testa-1o-coracao-artificial O primeiro coração artificial totalmente desenvolvido no Brasil começará a bater em breve no peito de alguém.


O hospital estadual Dante Paz-zanese, que desenvolve o projeto, acaba de receber autorização para iniciar os testes em humanos.

O novo dispositivo aumenta as chances de que pessoas em estado gravíssimo, que já não respondem bem à medicação, possam resistir até que apareça um doador compatível para transplante. Cerca de 50% dos pacientes graves morrem na fila de espera para a cirurgia.

"A funcionalidade dos corações artificiais já é consagrada. Mas, no Brasil, os preços são proibitivos", explica Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo Centro de Bioengenharia do hospital e idealizador do dispositivo.

O custo por paciente, no caso dos aparelhos mais comuns do mercado, fica hoje em torno de US$ 500 mil. O coração brasileiro custaria cerca de 15% desse valor, entre R$ 60 mil e R$ 100 mil.

Essa primeira etapa testará a segurança do dispositivo. O projeto começou em 1998, no doutorado de Andrade. O aparelho tem bons resultados em testes com animais desde 2004.

COMO FUNCIONA

O coração artificial brasileiro é um dispositivo auxiliar, a ser acoplado ao órgão natural, que continuará batendo. O ventrículo direito bombeia o sangue até o pulmão para oxigená-lo. O ventrículo esquerdo leva o sangue para a aorta, que o conduz para o resto do corpo.

"Uma vantagem de o coração natural ser preservado é que, em caso de algum problema na máquina, o paciente continua com o sangue fluindo. Sem contar que, ao manter o órgão, é mais simples controlar a pressão arterial", explica Andrade.

CIRURGIA SIMPLES

A cirurgia para a implantação do aparelho, que pesa 700 g, é considerada simples.

"Mas há todo um sistema complexo de pessoal e exames especializados por trás", diz Jarbas Dinkhuysen, chefe do setor de transplante do Dante Pazzanese.

Para evitar a formação de coágulos, um dos principais problemas após implantes desse tipo, os pacientes vão tomar anticoagulantes.

O coração artificial é contraindicado para quem sofreu embolia pulmonar nos 30 dias antes da cirurgia, passou por entubação prolongada ou tem insuficiência renal.

Por questões de segurança e para agilizar a correção no caso de eventuais falhas, os dispositivos ficarão fora do corpo nessa primeira etapa do projeto. Nos testes com animais, o coração artificial implantado dentro do corpo funcionou bem.

Os pacientes também precisarão ficar no hospital.

Nessa fase, cinco pessoas, ainda não selecionadas, receberão o coração artificial. Após a análise dos resultados, deverá ser iniciada uma nova fase, com mais cinco pacientes, alguns deles do HCor (Hospital do Coração), que colabora com o projeto.

Os escolhidos serão pessoas em estado grave, com necessidade de transplante iminente. Após receberem o dispositivo, elas passarão a ter prioridade na fila de transplantes, que hoje tem 88 pessoas no Estado.

A equipe responsável avaliou a possibilidade e diz que, no futuro, o dispositivo poderá ser usado como forma auxiliar também em pacientes menos graves, até como forma de evitar o transplante.

Muitas vezes, apenas ao "aliviar" o trabalho do coração, o aparelho leva a uma melhora significativa do órgão natural.