domingo, 30 de dezembro de 2012

Musculação X Exercícios Aeróbios: Adaptações fisiológicas agudas e crônicas diferentes


A prática da musculação é uma atividade classificada como atividade intermitente, ou seja, que possui intervalos entre as execuções dos exercícios e metabolicamente é classificada como atividade anaeróbia alática/lática. As adaptações fisiológicas envolvidas com a prática da musculação estão totalmente ligadas às adaptações do metabolismo anaeróbio lático/alático.

Esse metabolismo não utiliza o oxigênio para a produção de energia, portanto as fontes principais energia para esse metabolismo funcionar são as moléculas de ATP (adenosina trifosfato) e os carboidratos. As ressínteses das moléculas de ATP são dependentes das ressínteses de CP (creatina fosfato) que são essenciais para a retarda da fadiga intramuscular.

O metabolismo anaeróbio glicolítico (utilizado na prática da musculação) irá gerar uma fadiga intramuscular que é dependente da intensidade do treinamento exercido. Essa fadiga intramuscular é causada pela liberação de uma substância chamada de lactato, que por sua vez irá fazer com que o ph da célula muscular se altere, impossibilitando dessa forma a continuidade da contração muscular causando a fadiga intramuscular.

Bom agora que está descrito de maneira breve o metabolismo anaeróbio glicolítico que é utilizado na prática da musculação, vamos discutir as adaptações fisiológicas.

De maneira aguda as adaptações fisiológicas são: Aumento da sudorese (suor), aumento da frequência cardíaca, aumento da vascularização, maior bombeamento sanguíneo para os músculos e maior vasodilatação intramuscular causada pela vasoconstrição das contrações musculares exercidas.

De maneira crônica as adaptações fisiológicas são: Aumento da secção transversa das fibras musculares (hipertrofia muscular), aumento considerável da vascularização, aumento do calibre das veias, maior retenção hídrica e de aminoácidos intramuscular, maior resistência ao lactato (sistema de tamponamento ao lactato mais eficaz), melhor e maior ressíntese de ATPS, maior concentração de glicogênio intramuscular e hepático, aumento do metabolismo basal e melhor densidade e fortalecimento ósseo.

Já as atividades aeróbias são exercidas através da ativação do metabolismo aeróbio ou metabolismo oxidativo. Na maioria das vezes são classificadas como atividades contínuas, mas podem ser realizadas também de maneira intervalada.

O metabolismo aeróbio utiliza a captação de moléculas de oxigênio para a obtenção e produção de energia. Os nutrientes utilizados por esse metabolismo para a obtenção de energia são os carboidratos e os lipídeos. A utilização da água em processos bioquímicos é de extrema importância para que o metabolismo oxidativo esteja sempre bem ativado, portanto mantenham-se sempre bem hidratados durante qualquer atividade. Cada pessoa individualmente possui uma condição de captação de oxigênio, que chamamos de VO2 (volume de oxigênio captado na atividade) e é essa condição de captação que irá diferenciar o bom desenvolvimento em atividades aeróbias ou o ruim. É claro que com a prática de atividades aeróbias podemos melhorar e muito nosso VO2. Ela é importantíssima não só para a utilização da gordura como fonte energética, mais para a melhora do sistema cardiovascular em geral.

Com a ativação do metabolismo aeróbio em uma atividade física, as adaptações fisiológicas agudas são: Aumento da frequência cardíaca que é dependente da intensidade do treinamento que está sendo realizado, aumento da captação de oxigênio (VO2), utilização da glicose e da gordura como substratos energéticos, aumento da vascularização e bombeamento sanguíneos, aumento da pressão arterial e geração de energia através de processos bioquímicos particulares desse metabolismo como, por exemplo, o ciclo de Krebs que ocorre dentro das mitocôndrias (células responsáveis pelo metabolismo oxidativo).

De maneira crônica, as adaptações fisiológicas são: Efeito hipotensivo com duração de até de 48 horas pós-exercício, aumento do número de mitocôndrias ativas para o melhor e maior funcionamento do metabolismo oxidativo, melhora da circulação e irrigação sanguínea para a periferia, aumento expressivo da condição de captação de volume de oxigênio (VO2), aumento da velocidade da lipólise(quebra bioquímica do triglicerídeo para ser utilizado como fonte energética) e aumento do EPOC, (captação de oxigênio em repouso).

Bom pessoal, podemos perceber que através dessa simples descrição das adaptações fisiológicas agudas e crônicas desses dois metabolismos, que além de possuírem características individuais e únicas a ativação dos DOIS são essências para que vocês tenham uma maior qualidade de vida e performance de maneira completa.

Os praticantes de musculação irão utilizar os exercícios aeróbios como complemento de seus treinos, obtendo dessa forma as adaptações agudas e crônicas do metabolismo oxidativo e os praticantes de atividades aeróbias irão treinar musculação como complemento ao seu treinamento visando ter os mesmos benefícios.

Equilíbrio é a palavra chave para a obtenção da Saúde e da qualidade de vida!


domingo, 7 de outubro de 2012












Suplementos VS Alimentos



Pesquisas recentes demonstram que muitos suplementos são utilizados tanto por atletas como pela população em geral, sendo que a prevalência do uso por atletas não é muito maior do que a de indivíduos não atletas.
A suplementação pode superar a ingestão diária recomendada de diversos nutrientes e substâncias,
muitas vezes com alguns efeitos desejáveis e outros colaterais.

O mercado de suplementos nutricionais oferece uma série de produtos com funções específicas ao organismo, sendo divididos em:

a) Ergogênicos: são aqueles que podem promover aumento do desempenho físico além da capacidade fisiológica.

b) Repositores: são aqueles utilizados em determinadas fases para garantir a reposição dos nutrientes perdidos por alguma situação específica.

O consumo de suplementos muitas vezes é feito por indivíduos com baixo consumo alimentar, apenas corrigindo o déficit nutricional, o que poderia ser alcançado tranqüilamente através da alimentação caso este indivíduo estivesse disposto a mudar seus hábitos.

Ao pensarmos neste consumo é preciso ter em mente que este somente é justificável quando a ingestão de alimentos não conseguir alcançar as necessidades, ou mesmo se estas forem muito aumentadas, o que vai depender da freqüência dos treinos e da atividade em questão. Outro ponto é a tentativa de elevar o consumo de um determinado nutriente para aumentar o desempenho na modalidade praticada.

É fundamental que a suplementação seja indicada e acompanhada por um profissional qualificado, pois o efeito pode ser contrário ao esperado e ainda, pode trazer conseqüências sérias e irreversíveis. Também é importante conhecer a composição e a indicação do produto e ter consciência de que todo suplemento deve ser fabricado dentro de certos padrões de qualidade para que sejam preservados suas características e garantir sua eficácia e inocuidade.

A fim de diminuir o risco de saúde no consumo de suplementos nutricionais com a atividade física, o Ministério da Saúde regulamenta estes produtos de acordo com sua finalidade, dando assim uma característica de necessidade, consumo e até mesmo estabelecendo quantidades. Assim, o consumidor pode avaliar a real necessidade no uso destes produtos, como descritos abaixo:

- Energéticos – são especialmente desenvolvidos para repor ou fornecer energia aos treinamentos. São basicamente formulados à base de carboidratos e podem ser consumidos em pó (misturados em água) ou saches em gel. Aqui podem ainda ser consideradas as barras à base de cereais que fornecem basicamente carboidratos.

- Protéicos – Basicamente proteínas, em pó ou em forma de barras, produzidas a partir da proteína do ovo (albumina) do leite (caseína ou whey) ou isolados de soja.

- Compensadores – Pós que enriquecem sucos ou leite e são formulados com todos os nutrientes necessários a uma dieta. Acrescentam calorias, proteína, carboidratos, vitaminas e minerais, de acordo com a necessidade calórica aumentada do esporte praticado.

- Repositores – São bebidas esportivas com o objetivo de repor água, sais e carboidratos (glicose) de forma mais rápida, evitando a desidratação de uma atividade intensa e/ou longa, ou ainda causada pela temperatura elevada do ambiente.

- Aminoácidos – Deste grupo, todas as formas de aminoácidos isolados (partes de proteínas) estão excluídos da classificação de suplementação alimentar, sendo que penas os BCAAs são permitidos como suplemento. Até o momento o Ministério da Saúde entende que altas dosagens de aminoácidos não são seguras suficientes para o consumo generalizado.

Sabendo sobre a função e a classificação destes produtos, todos os atletas e esportistas podem manter bom rendimento com mais segurança. Além disto, o uso adequado e orientado por profissionais especialistas (médico/ nutricionista) levam aos melhores resultados no controle de peso corporal, ganho de massa muscular e melhora no desempenho. Sendo sempre, o uso de suplementos, uma conduta posterior à adequação da dieta, de acordo com as necessidades individuais.

3 regras básicas para se conseguir bons resultados



1º- Boa alimentação;
 
2º- Sono adequado;
 
3º- Exercícios


Principais Recomendações Nutricionais Para as Atividades Esportivas Praticadas em Academias



A procura por academias tem aumentado significativamente nos últimos anos. Uma alimentação balanceada é de fundamental importância para permitir que esportistas atinjam seus objetivos sejam eles em performance, estéticos ou de qualidade de vida. Apesar da grande preocupação dos frequentadores de academias em buscar uma nutrição ideal, muitos deles adotam comportamentos alimentares inadequados e fazem uso de suplementos nutricionais sem orientação.Pesquisas recentes sugerem que as recomendações nutricionais para esportistas podem ser atendidas com uma alimentação balanceada e adaptada a rotina de treinos, desde que devidamente acompanhados por um profissional capacitado. Ademais, a alimentação inadequada e o uso indiscriminado de suplementos, além de não melhorar a performance pode trazer riscos a saúde Tendo em vista essas considerações, é necessário reforçar o papel e a atuação do nutricionista no ambiente esportivo para que os freqüentadores sejam devidamente orientados e atinjam os seus objetivos sejam eles estéticos, de performance ou melhoria do estado de saúde.

A qualidade de vida, a recuperação e/ou manutenção da saúde, a prática regular de exercícios físicos, a estética, o ganho e definição da massa muscular, a perda de peso, as relações interpessoais, o treinamento para competições, entre outros, são alguns dos motivos que têm levado as pessoas a procurar cada vez mais as academias. Em todas as faixas etárias, cada dia mais se percebe o grande interesse pelo exercício físico. Assim, tal interesse não é apenas de atletas, mas daqueles que buscam a atividade física para promoção e manutenção da saúde para o bem estar, visando benefícios estéticos ou simplesmente integração social.
Apesar da grande preocupação dos frequentadores de academias em buscar uma nutrição ideal e adequada ao tipo de treino, a falta de conhecimentos, os hábitos alimentares inadequados e a influência dos treinadores e da mídia são os principais fatores que os levam a utilizar suplementos nutricionais e a adotar um comportamento alimentar nem sempre capaz de atingir os objetivos esperados.
Considerando o grande número de pessoas que frequentam academias, praticando principalmente musculação com o objetivo de aumentar a massa muscular e tendo em vista que este é um grupo de risco principalmente relacionado a alimentação e suplementação, torna-se necessário conhecer melhor os hábitos alimentares desta população, bem como as principais recomendações nutricionais para frequentadores de academias.

20 MINUTOS DE EXERCÍCIOS GARANTEM 12 HORAS DE BEM-ESTAR


Substância lançada no cérebro ameniza o estresse e o cansaço

Pesquisadores da Universidade de Vermont (EUA) comprovaram que a euforia provocada pelas endorfinas, hormônio neurotransmissor liberado no organismo, continua a agir por cerca de 12 horas após a prática de exercícios físicos. Essas substâncias químicas conduzem impulsos elétricos aos neurônios, proporcionando uma sensação de conforto contínua e não apenas temporária, como acreditava-se até então.

Foram observados 48 voluntários, que se dividiram em dois grupos: metade praticou exercícios físicos durante os testes e o restante permaneceu sedentário. Antes de iniciarem os testes, os participantes responderam a questionários sobre sua disposição mental e seus hábitos alimentares.

Em seguida, os integrantes do grupo da atividade física pedalaram por 20 minutos em intensidade moderada por 10 dias consecutivos para testar o humor e a disposição do grupo em relação às características apresentadas pelos pacientes sedentários.

A equipe de pesquisadores notou que os distúrbios de humor diminuíram significativamente nas pessoas que praticaram exercícios e que elas permaneceram dispostas e bem humoradas por cerca de 12 horas de seu dia.

Embora os níveis de endorfina tenham caído rapidamente na circulação, seu tempo de atuação na massa cinzenta é suficiente para anular o estresse e o cansaço por um tempo muito maior e pode ser a resposta para a cura de doenças como a depressão.

Esportes de Longa Duração: Como Fazer a Recuperação Nutricional?


Modalidades como corrida, ciclismo, travessias e triathlon, por apresentarem treinos e competições prolongadas, requerem cuidado especial com relação a nutrição, e essa pode representar a chave para o sucesso do atleta.
Em exigências prolongadas, as reservas musculares de glicogênio encontram-se em constante queda e, sem uma rápida e eficiente reposição, pode ocorrer a queda de performance e até mesmo fadiga. Trabalhos mostram que as reservas de glicogênio são suficientes para suportar 60 minutos de atividade, podendo chegar a 90 minutos em menores intensidades.

Dessa forma, após uma hora de atividade é fundamental que ocorra a reposição carboidratos. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003), a proporção ideal deve ser de 30 a 60 gramas por hora. Essa reposição pode acontece sob a forma de alimentos ou suplementos, e esses devem ser de fácil digestibilidade e uso para a prática esportiva, de forma a não promover a interrupção da prática e não atrapalhar a prova ou treinamento.

A escolha da reposição ideal varia de acordo com o tipo de exercício: para ciclistas, por exemplo, pode-se armazenar na bicicleta ou na parte traseira da camisa géis de carboidratos, barras energéticas, bisnaguinhas, bolachas simples, banana, entre outros. As garrafinhas devem estar cheias de bebidas esportivas nos treinos longos. Na corrida a forma mais prática de reposição é o gel de carboidrato, que deve preferencialmente ser ingerido com água, ou bebidas esportivas, que podem estar disponíveis. Já na natação pode-se deixar bebida esportiva, gel ou alimentos ricos em carboidratos próximos à piscina, de forma a se ingerir durante a prática.
Outra grande preocupação em treinos longos é a hidratação. O suor é a forma que o corpo encontra de dissipar o calor, evitando o aumento acentuado da temperatura do corpo, o que prejudicaria o desempenho físico. Porém, juntamente com o suor, são perdidos alguns eletrólitos importantes (sódio, potássio e cloreto).
Dessa forma, as bebidas esportivas mostram-se eficazes na hidratação, por conterem nutrientes e eletrólitos específicos, além de auxiliarem na regulação da temperatura corporal.

A reposição hídrica adequada durante o exercício deve ser de 150 a 200ml a cada 15 a 20 minutos, a partir dos 15 primeiros minutos de prova. Após uma hora de prática esportiva e em dias quentes, os eletrólitos devem ser consumidos juntamente com a água.

TUDO O QUE VOCÊ NÃO DEVERIA FAZER... SE O OBJETIVO É TER MAIS DISPOSIÇÃO!

Restringir demais o consumo de carboidratos
O carboidrato é a principal fonte de energia do organismo, por isso não pode ser totalmente eliminado sem critérios. É o único combustível que o cérebro utiliza e a sua falta pode causar alteração de humor e comprometimento da aprendizagem, além de comprometer bastante a atenção e levar embora a disposição.
Também é verdade que os carboidratos abrem caminho para a entrada de maior quantidade de triptofano no cérebro, onde esse é transformado em serotonina (neurotransmissor bastante conhecido como substância química calmante), mas em excesso é armazenado como gordura, comprometendo ainda mais seu pique. Portanto neste caso a palavra é "equilíbrio".

Seguir dietas radicais e desequilibradas
Todas as dietas que levam ao desequilíbrio do corpo são prejudiciais, a não ser quando são acompanhadas por um especialista e tenham algum motivo que as justifique. Na falta de um bom acompanhamento você corre o risco de ficar abatida e sem energia para as atividades básicas, e a falta de energia e de determinados nutrientes pode levar à indisposição, mau humor e ansiedade.

Abusar dos cafezinhos
O exagero nunca é saudável. Se você adora tomar um cafezinho, cuidado! Tente controlar a freqüência diária e prefira os intervalos entre as refeições, pois o café possui algumas substâncias antinutricionais que "roubam" certos nutrientes, atrapalhando a absorção. Portanto, sinal vermelho pra quem costuma tomá-lo a toda hora. Algumas pessoas também têm dificuldades para dormir por conta dos excessos de cafeína, uma vez que é uma substância estimulante.

Abusar dos doces
Os doces elevam a glicemia muito rapidamente, podendo oferecer uma disposição momentânea. Também de forma bem rápida o efeito passa a ser contrário, uma vez que, após e liberação de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam menores. Algumas pessoas podem, após a ingestão de doces, atingir níveis glicêmicos mais baixos que o normal, levando a hipoglicemia. Outro fator relacionado é a grande quantidade de gordura que muitos doces oferecem junto com o açúcar, o que aumenta ainda mais a sensação de moleza e indisposição.

Abusar das gorduras
Lembre-se da sensação após consumir uma feijoada? É mais ou menos o retrato do que a gordura em excesso pode fazer no organismo. Tudo ocorre pelo fato da digestão deste nutriente ser mais lenta, o que promove a diminuição do esvaziamento gástrico, fazendo com que o organismo mobilize mais sangue para o local. O resultado disso é o cansaço e a indisposição, além do excesso de calorias proporcionado pela gordura.

Ter uma vida sedentária
Quanto menos atividade física você fizer, maior será a sua indisposição. Procure uma atividade que lhe agrade e utilize pequenos artifícios para aumentar a atividade dos músculos, como subir escadas, andar a pé, entre outros.

Qual a solução para resolver esse problema?

Existem algumas dicas que podem ajudar a diminuir a preguiça, como:
- Fracionar bem a alimentação, fazendo lanches leves nos intervalos entre as refeições.
- Caprichar na cor do prato, consumindo uma grande variedade de alimentos e proporcionando diferentes nutrientes para o corpo (carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e fibras).
- Colocar a atividade física em sua rotina, mesmo que seja uma simples caminhada.
- Nunca faça atividade física em jejum, pois pode comprometer o seu pique.
- Abuse das saladas cruas e frutas que são ricas em vitaminas, minerais e antioxidantes e ajudam a manter o humor.

5 TÁTICAS PARA UM SUPERCORAÇÃO



As evoluções da ciência mais importantes para ajudar seu sangue a fluir como nunca!

1. Sua matemática

Ponto de partida: mensure o risco

Nos últimos cem anos, cientistas buscaram prever a ocorrência de doenças cardíacas usando certos números. O chamado Escore de Framinghan, por exemplo, é um algoritmo que leva em conta idade, pressão sanguínea, colesterol e outros fatores que provocam, ou agravam, problemas no coração.

Some a regra moderna: amplie a equação
O Framinghan não considera histórico familiar, estilo de vida e índice de massa corporal (IMC). Segundo pesquisa no periódico britânico BMC Medicine, cerca de um terço das panes cardíacas acontece com pessoas consideradas de baixo risco por modelos comuns de previsão. "Framinghan é ferramente extra: não substitui dados familiares, exame clínico e avaliação isolada ou combinada de outros fatores de risco – tabagismo, sedentarismo", diz Maranhão. Tenha hábitos saudáveis e faça check-ups todo ano. "Verifique pressão (para ver o funcionamento dos vasos sanguíneos), colesterol (o tipo LDL pode entupir artérias), triglicérides (gorduras que prejudicam artérias), glicemia (taxa de açúcar no sangue)", recomenda. "Quem tem problemas em tais índices, ou histórico de doença cardíaca, deve fazer check-up a cada seis meses."

2. Sua malhação
Ponto de partida: treinos intervalados

Natação, corrida… Esportes aeróbicos são ótimos ao coração. Ainda mais com momentos de alta intensidade (você atinge 90% ou mais da sua frequência cardíaca máxima) intercalados com períodos de repouso (passivo ou ativo): isso aumenta, com o tempo, a eficiência do seu coração. Após fazer esses treinos intervalados, os participantes de um estudo publicado no International Journal of Sports Medicine melhoraram a força de contração cardíaca que impulsiona o sangue em 23%; e o volume máximo de oxigênio no pulmão (VO2 máximo), ou seja, o fôlego, em 17%. "Alguém com VO2 máximo alto tende a possuir menor risco de desenvolver doenças metabólicas e cardíacas", diz Conrad Earnest, diretor de biologia do exercício do Centro Pennington de Pesquisa Biomédica (EUA). Exemplos de treino intervalado: nadar tiros de 100 metros e descansar 30 segundos entre eles; alternar um minuto de corrida na potência máxima com um minuto de trote.

Some a regra moderna: levante peso
Conquiste benefícios cardíacos adicionais pondo um programa de resistência junto da rotina aeróbica. Segundo estudo no Journal of Strength and Conditioning Research (EUA), o levantamento de peso pode melhorar o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, o que reduz a carga de trabalho do coração. Na musculação, aposte no treino em circuito (fazer uma série de cada exercício em sequência sem pausas – você descansa um pouco após completar um ou mais circuitos desse), alternando grupos musculares. "Com uma atividade muscular quase contínua, você eleva a frequência cardíaca e agrega vantagens ao coração", afirma José Kawazoe Lazzoli, cardiologista de Petrópolis (RJ) e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Mais: aumentar seus músculos auxilia a diminuir o colesterol e o peso – massa magra em repouso gasta mais energia que gordura em repouso.

3. Seu estado de espírito
Ponto de partida: despache o estresse


O emprego que faz você trabalhar 60 horas por semana pode mandá-lo para o topo da carreira – e também ao pronto-socorro. Segundo artigo no jornal internacional Stress, pesquisadores mediram o nível do hormônio do estresse, o cortisol, em amostras de cabelo de 56 homens já hospitalizados por ataques do coração e de 56 homens hospitalizados por outros motivos. Resultado: as vítimas de pane cardíaca tinham o nível de cortisol um terço maior. "Tensões emocionais ainda elevam a adrenalina e a noradrenalina (hormônios também ligados ao estresse), favorecendo a contração das artérias e a formação de coágulos sanguíneos", afirma Mário Maranhão, consultor da MH. Se você anda estressado demais, considere engatar mudanças na vida. Para começar: "Tire férias de verdade, passe um tempo sem ler e-mails e invista em seus hobbies preferidos", sugere Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Some a regra moderna: lime tristeza também
Pesquisadores da Universidade Washington (EUA) concluíram que ficar deprimido aumenta o risco de problemas no coração mais que a genética favorável a eles. "A depressão eleva de duas a quatro vezes a chance de ter um ataque cardíaco", afirma Maranhão. Fazer esporte e sair com os brothers ajuda você a se livrar de uma depressão leve. Se ela for pesada, procure um terapeuta para ajudá-lo.

4. Seu cardápio
Ponto de partida: coma fibras


Aveia, cevada e psílio também ajudam a reduzir o nível do colesterol ruim (LDL). Cevada e aveia contêm betaglucanas, fibras solúveis que evitam que o LDL seja absorvido e vá para o sangue. O psílio, encontrado em cereais e suplementos, faz o organismo excretar mais ácido biliar – e o LDL é convertido nesse fluido digestivo.

Some a regra moderna: beba tomate
Pessoas que beberam um copo e meio de suco de tomate e comeram duas colheres (sopa) de ketchup por dia, durante três semanas, reduziram os níveis de LDL em cerca 8,5%, segundo pesquisa no British Journal of Nutrition. Mas se ligue: escolha ketchups e sucos de tomate com baixo teor de sal, pois o sódio pode elevar a pressão sanguínea.

5. Sua medicação
Ponto de partida: Faça exame de sangue


A prescrição de comprimidos de estatina é padrão para reduzir colesterol. Em pessoas com risco de doenças cardíacas, eles podem diminuir a chance de ataque do coração em até 30%, segundo o British Medical Journal. Para decidir se o paciente deve usar as pílulas, muitos médicos pedem o exame de sangue que mede a proteína C reativa ultrassensível: o organismo fabrica mais dela quando há inflamação, que é causada pelo acúmulo de placas nas artérias – e o colesterol pode ser o culpado disso. "Hoje, doenças crônicas – como as do coração – são consideradas doenças inflamatórias", explica Maranhão. Portanto, esse exame de sangue também deve constar no seu check-up.

Some a regra moderna: confirme na tomografia
O colesterol, no entanto, nem sempre é a única razão da inflamação. Artrite ou sinusite, por exemplo, também podem causá-la no interior do corpo. Se você tem níveis elevados de LDL e de proteína C reativa ultrassensível, cogite com seu médico fazer uma tomografia computadorizada. O exame permite ver, em detalhes, se o acúmulo de placas nas artérias é de fato o problema – e se a prescrição de estatinas é mesmo necessária.

O que seu peito está dizendo

Quando ele emite estes alertas, é melhor ir ao pronto-socorro

Dor aguda
É no centro do peito e às vezes se irradia à mandíbula e aos membros superiores. Pode indicar infarto ou pericardite, inflamação da capa protetora do coração.

Aperto intermitente
Sensação de pressão no peito que vai e volta e piora com esforço físico. Pode ser angina – bloqueio moderado nas artérias que levam sangue ao coração.

Aperto súbito e intenso
Difere do anterior por ser muito mais forte – e, por vezes, vir junto a suor excessivo e náusea. Pode significar a manifestação inicial de uma doença coronária e caracterizar um infarto. Ou uma doença da aorta, refluxo, gastrite e esofagite.

11 RAZÕES PARA CORRER E MALHAR

Massa Muscular e Força - Sabidamente a musculação bem orientada caso a caso tem a propriedade de aumentar a força muscular e o volume dos músculos. Para quem corre especialmente visando a qualidade de vida faz toda a diferença percebida não só na corrida como nas atividades funcionais envolvendo força como, por exemplo, na ida ao supermercado. Na hora de carregar, embarcar e desembarcar as compras, quem apenas corre pode passar o maior sufoco. Aí, de que adianta ter um bom condicionamento cardiopulmonar, baixo percentual de gordura se na hora "H" falta á força física?

Obesidade - Claro, sabidamente a corrida é uma das boas atividades físicas que contribuem para o emagrecimento e não faltam trabalhos atestando isso e exemplos de pessoas que emagreceram bastante correndo. Entretanto, um dos mitos ainda presente na população é pensar que a musculação não emagrece. Quem está envolvido em programas de emagrecimento o que vale é o balanço calórico negativo. Isso significa dizer que as calorias gastas na musculação se somam às da corrida e não importa se as duas atividades são feitas uma após outra ou em seções separadas no mesmo dia. Vale a soma das calorias gastas. Além do mais, uma pessoa com excesso de peso nem sempre pode começar a correr, mas pode começar a fazer musculação e caminhar compondo assim uma boa programação inicial de exercícios permitindo gasto calórico considerável. Um outro álibi seria considerar que uma pessoa obesa possivelmente não tenha massa muscular suficiente para suportar um programa "só" aeróbio. "Só" musculação também não seria o suficiente, daí a necessidade das duas atividades.
Muitas tabelas e números mágicos existem e também muitos métodos para se determinar o percentual de gordura corporal. Entretanto, o mais prático principalmente para o sedentário ou quem esteja começando um programa de emagrecimento, é o IMC (Índice de Massa Corpórea) cujo resultado é obtido da divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura em metros.
De acordo com o resultado, o IMC enquadra-se em categoria diferenciada determinando os graus de obesidade, a saber: Desnutrição, abaixo de 14,5 - Abaixo do peso, até 20 - Peso normal, 20 a 24,9 - Sobrepeso, 25 a 29,9 - Obeso, de 30,0 a 39,9 - Obesidade Mórbida, de 40 em diante. Academicamente, aceita-se como normal e fora de riscos cardiovasculares um IMC de 20 a 25 e até 27 para os idosos.

Importante - Vale lembrar que essa equação não se aplica ao atleta porque, no caso, o peso nominal da balança se deve à massa muscular e não à gordura corporal. Tanto o corredor, normalmente muito magro, como o adepto só à musculação estão fora desse cálculo.

Metabolismo basal - Ainda seguindo o raciocínio do balanço calórico negativo, a musculação traz uma outra vantagem. Ao ganhar mais músculos o corpo passa a gastar mais calorias estando parado até mesmo durante o sono no chamado metabolismo basal. Quem é mais forte gasta mais calorias dormindo.

Doenças Cardiovasculares - Duplo Produto - Um dos álibis mais fortes a favor da musculação é com relação à sobrecarga cardíaca. Ao contrário do que muita gente pensa, o coração sofre menos se analisado por um dado chamado Duplo-Produto, que serve para avaliar o esforço cardíaco. Ou seja, se refere ao consumo de O² do músculo miocárdio. Os médicos chegam a esse valor multiplicando a Pressão Arterial Sistólica (aquele número maior quando a gente mede a pressão) pela Frequência Cardíaca.
Sabemos que cada exercício provoca uma reação diferente tanto na pressão arterial como na freqüência cardíaca dependendo da intensidade e duração. Nos exercícios aeróbios tanto a PAS (número maior da pressão) como a FC aumentam quase na mesma proporção e na musculação, em séries mesmo pesadas somente a PAS aumenta porque não há tempo hábil para uma resposta de aumento também da FC e isso pode ser uma vantagem para cardíacos. Um sujeito pode estar correndo numa esteira com uma velocidade confortável com pressão arterial e freqüência cardíaca normais, mas se for comparar com exercícios de musculação mais pesada com series que não ultrapassem 12 repetições o Duplo Produto na esteira será maior. Não significa também que a corrida seja nociva. Apenas prova que a musculação não é esse bicho de sete cabeças, "que aumenta a pressão", "faz mal para o coração", "machuca", "dá ataque cardíaco" e coisa e tal, como alardeiam por aí. Portanto, em termos cardíacos a musculação é apenas mais segura e tem de ser bem orientada como qualquer exercício inclusive a corrida.

Flexibilidade - Engana-se quem se apressa em dizer que a musculação deixa o sujeito todo duro. Em primeiro lugar, e isso me parece lógico, somente a falta de exercício pode provocar diminuição da flexibilidade. Se não usa atrofia. Qualquer exercício, com ou sem peso, executado de maneira correta a amplitude articular fatalmente aumenta contribuindo com a melhora da flexibilidade como um todo. Além disso, a musculação aumenta a quantidade de tecido conjuntivo, tecido esse que recobre as fibras musculares e tem propriedades viscosas e elásticas. Se aplicarmos uma determinada força num músculo hipertrofiado e a mesma força for aplicada no músculo não treinado, o primeiro alonga mais. A maior prova disso são os vários trabalhos mostrando que levantadores olímpicos têm flexibilidade acima da média. Pra matar essa questão de vez. Pegue dois pedaços de elástico exatamente do mesmo tamanho, porém um grosso e um fino. Se esticar os dois ao mesmo tempo, qual deles arrebentará primeiro? Logo, um músculo hipertrofiado treinado adequadamente é mais flexível porque a força é vizinha dessa valência física. Ponto!

Osteoporose - Sabemos que os ossos são matérias vivas e não tão rígidos como parece. São formados basicamente de substâncias orgânicas e minerais responsáveis pelas propriedades de resistência, elasticidade, dureza e rigidez. Existe um processo de construção e demolição da matriz óssea respectivamente conhecido por osteoblasto e osteoclasto que define a saúde óssea por toda a vida. Se agredirmos o corpo com alimentação inadequada, fumo, estresse, sedentarismo, excesso de exercício e etc. os ossos ficam enfraquecidos podendo chegar à osteoporose. Se ao contrário nos alimentamos bem, ingerindo cálcio suficiente, controlamos o estresse e fazemos exercício adequados os ossos permanecem sadios a vida inteira. Por conta da elasticidade os exercícios de impacto, como a musculação, induzem o processo de construção do osso, tanto pela ação mecânica gerando corrente elétrica conhecida por propriedades piezo elétricas como pelo estímulo de hormônio sexuais. A corrida também é uma atividade de impacto. A diferença é que na musculação além do impacto geralmente ser gerado nas duas extremidades dos ossos podemos estimular todos eles com um programa de treinamento bem estruturado. Pesquisas mostram que fisiculturistas chegam a ter 40% mais cálcio nas vértebras lombares e corredores nas fíbulas (antigo osso perôneo situado ao lado da tíbia).

Diabetes - Já é bem estabelecido que portadores de Diabetes tanto tipo 1 ou 2, se beneficiam bastante com o exercício físico que ajuda a queimar a glicose sem a presençada insulina. Se a corrida já produz esse benefício, a musculação produz ainda mais por conta do aumento da massa muscular. É simples. Mais músculos, mais queima de glicose mesmo em metabolismo basal. Todo diabético consciente sabe controlar as suas taxas e deve medir a glicemia antes e depois do exercício. Entretanto, uma das recomendações que se faz na musculação é que se evitem pesos excessivos que obriguem bloqueio da respiração. Pesos excessivos podem gerar lixo metabólico que podem atrapalhar a absorção da glicose no músculo. Nesse caso como a musculação visa um benefício ao diabético não tem sentido exagerar.

Segurança - Por utilizar máquinas bem projetadas e pesos adequados a cada um de acordo com o desempenho, a musculação é considerada uma das atividades bastante seguras principalmente se acompanhada por profissionais habilitados. O risco de acidente é muito baixo porque só depende de seguir procedimentos corretos. Outras atividades a lesão pode depender da sorte e não apenas de procedimentos corretos.

Todas as Idades - Os estudos sobre musculação evoluíram tanto que hoje em dia é recomendada desde a adolescência até os mais idosos. O álibi que se usava contra-indicando aos adolescentes com relação ao impacto sobre as epífises dos ossos longos caiu por terra. Outras atividades tais como basquete, vôlei e a própria corrida produzem impacto muito maior sempre foram recomendadas e nunca questionadas. Na verdade a musculação na adolescência estimula o crescimento não só dos ossos como dos músculos por conta da explosão hormonal característica da idade. Nos idosos o crescimento da massa muscular e da força, o benefício mais importante é a total independência nas atividades funcionais. É bem estabelecido que o avanço da idade induz a perda de massa muscular num processo conhecido por sarcopenia significando "perda de carne" (sarx = carne, penia = perda) cuja origem pode ser multifatorial sendo a idade uma delas. Em bom português, de uma forma geral os músculos vão "secando". Ou seja, perde-se massa muscular, sendo esse processo acelerado com o sedentarismo, vida irregular, estresse e etc. Além disso, a própria corrida pode ser um fator de aceleração de perda de massa muscular na terceira idade por conta do processo conhecido por catabolismo. O idoso que corre e faz musculação desfruta de todos os benefícios da corrida sem perder músculos. Tem tudo e mais um pouquinho.

As Mulheres - O medo infundado que muitas têm quando se sugere a musculação é de ficar forte como as que vemos em revistas de fisiculturismo. As características fisiológicas dos músculos de ambos os sexos são as mesmas, mas o ganho de força, em condições normais (sem drogas) é diferente chegando ao máximo a 2/3 do homem por conta da diferença hormonal. A produção de testosterona na mulher é próxima de 1/3 do homem. As mulheres hoje precisam de mais força física nas atividades funcionais por conta da dupla jornada de trabalho que enfrentam. Além disso, a musculação associada à corrida lhes confere um corpo mais bonito com tudo no lugar e sem gordurinhas.

Aparência pessoal - Sem dúvida nenhuma a musculação melhora a aparência pessoal promovendo uma postura mais bonita e representativa interferindo diretamente na auto-estima. Vaidade dentro dos limites do bom senso não é pecado. É saúde também.
Por fim, nenhuma atividade física é completa por si só nem mesmo a natação como alardeiam alguns. O ideal é fazer mais de uma atividade respeitando o gosto individual para se tornar um hábito e que de alguma forma elas além de se completarem irão promover quebra na rotina. O corpo precisa de exercícios regulares, de trabalho prazeroso, de ocupação da mente com estudos e/ou qualquer leitura e de relaxamento também. Não fazer nada e vez em quando também é bom e qualquer pessoa de qualquer nível social pode dar um basta nessa loucura que é a vida "dita" moderna. A primeira desculpa para não fazer exercício é quase sempre: "não tenho tempo". Preciso trabalhar para ganhar muito dinheiro, à custa de estar perdendo a saúde. Um dia vai gastar todo o dinheiro que ganhou trabalhando para tentar recuperar a saúde. Se der tempo.

sábado, 26 de maio de 2012

Nova técnica computacional da coluna pode auxiliar nos tratamentos reais


nova-tecnica-computacional-da-coluna-pode-auxiliar-nos-tratamentos-reais
Conjunto de equações desenvolvidas por uma pesquisadora brasileira facilita a criação de modelos virtuais da coluna vertebral humana, úteis para testar implantes e simular cirurgias

Um conjunto de equações desenvolvido por uma pesquisadora brasileira durante seu doutorado na Universidade de Ulm, Alemanha, facilita a criação de modelos computacionais da coluna humana úteis para testar novos implantes e simular cirurgias.

A tese apresentada por Maria Elizete Kunkel deu origem ao livro Biomechanical models of the human thoracic and lumbar spine: A statistical approach for prediction of anatomical parameters from radiographic images, recém-lançado em inglês pela editora alemã Südwestdeutscher Verlag für Hochschulschriften.

“O modelo biomecânico permite simular no computador todos os movimentos da coluna. Isso ajuda o médico a decidir, por exemplo, qual é o tipo de implante mais indicado para um paciente que necessita de cirurgia corretiva. Pode ser útil no tratamento de fraturas, hérnia de disco e desvios posturais, como escoliose, lordose e cifose”, disse Kunkel.

Esse modelo, porém, precisa ser personalizado de acordo com as dimensões vertebrais de cada paciente. “O que se costuma fazer é submeter o paciente a uma tomografia computadorizada e, depois, reconstruir a imagem usando recursos computacionais. Mas isso é caro, demorado e expõe o paciente a altas doses de radiação”, disse.

A ideia original de seu doutorado, conta Kunkel, era buscar um método mais rápido e financeiramente acessível de obter esses modelos. “Mas tive muita dificuldade para alimentar o programa que estava desenvolvendo com dados. Precisava ter as medidas de pacientes”, disse.

A pesquisadora teve então contato com um grupo de cientistas que estudava as vértebras de 12 cadáveres humanos sem problemas na coluna. “Eles mediram detalhadamente 17 vértebras em cada pessoa. Foram 40 dimensões mensuradas em cada vértebra estudada”, disse Kunkel.

O trabalho resultou em uma tabela com os valores vertebrais médios, que foi a base da pesquisa de Kunkel. Após análise estatística detalhada, ela percebeu que uma das medidas - a altura da vértebra - tinha boa relação com as outras 39 dimensões.

A partir desse valor, a pesquisadora desenvolveu, usando análise de regressão, 50 equações que tornaram possível estimar os valores das outras medidas.

“A grande vantagem do método é que a altura da vértebra pode ser obtida com um simples exame de raios X, que é bastante acessível. Há uma margem de erro, claro, mas fizemos testes e verificamos que essa margem de erro foi menor do que quando todas as dimensões foram medidas diretamente no paciente”, afirmou.

A pesquisa deu origem a três artigos publicados no Journal of Anatomy. “Meu orientador recomendou que eu me dedicasse apenas a criar essas equações e essa parte da pesquisa acabou se tornando meu doutorado. A criação do modelo biomecânico ficou para outro pesquisador terminar”, disse Kunkel.

Infecções evitáveis causam um sexto dos casos de câncer


infeccoes-evitaveis-causam-um-sexto-dos-casos-de-cancer
Infecções facilmente evitáveis ou tratáveis provocadas por vírus, bactérias ou parasitas causam cerca de 2 milhões de novos casos de câncer e 1,5 milhão de mortes por tumores a cada ano.

Informações são de um estudo publicado na revista médica The Lancet Oncology. Isto corresponde a um sexto dos 12,7 milhões de novos casos da doença reportados em 2008, diz o estudo. "A aplicação de métodos de saúde pública existentes na prevenção de infecções, como vacinação e práticas mais seguras de tratamentos antimicrobianos e injetáveis, podem ter um efeito importante no futuro dos casos de câncer em todo o mundo", destacou o relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer em Lyon, França.

Quatro infecções, provocadas pelas hepatites B e C, pelo papilomavírus humano (HPV) e pela bactéria estomacal Helicobacter pylori, respondem pela maioria dos casos, com 1,9 milhão, principalmente de cânceres gástrico, de fígado e cervical. Os tumores relacionados a infecções representaram 3,3% dos novos casos na Austrália e na Nova Zelândia e 32,7% na África Subsaariana, destacou o documento, baseado em um estudo sobre 27 tipos de câncer em 184 países.

O câncer cervical correspondeu à metade dos casos relacionados a infecções nas mulheres, enquanto os de fígado e gástrico são responsáveis por 80% dos casos em homens. "Cerca de 30% dos casos relacionados a infecções ocorrem em pessoas com menos de 50 anos", destacou o estudo.

Aceleração cardíaca é preocupante quando ocorre sem o corpo precisar


aceleracao-cardiaca-e-preocupante-quando-ocorre-sem-o-corpo-precisar
Taquicardia é normal em exercícios e situações de estresse ou nervosismo. Ritmo dos batimentos é medido com dedo no pulso ou eletrocardiograma.


Sentir o coração acelerado é normal em situações que exigem mais bombeamento de sangue, como numa atividade física ou numa situação de nervosismo e estresse.

Essa taquicardia, porém, às vezes surge em momentos de repouso ou até durante o sono – e aí precisa ser investigada. É possível reconhecer o ritmo dos batimentos ao colocar o dedo no pulso, mas o diagnóstico médico deve ser feito por um eletrocardiograma, já que o paciente pode não apresentar nenhum outro sintoma.

Segundo os cardiologistas Maurício Scanavacca e Roberto Kalil, quando o músculo cardíaco ultrapassa os 100 batimentos por minuto sem que o corpo necessite, é sinal de arritmia, ou seja, uma desregulação no ritmo do coração.

A falta de organização dos batimentos cardíacos diminui a velocidade do sangue, que permanece mais tempo dentro dos átrios. Essa situação favorece a formação de coágulos, que se desprendem e podem entupir os vasos de qualquer região do organismo. Se esses coágulos obstruírem os vasos cerebrais, ocorre um derrame.

Para identificar se a aceleração do seu coração está dentro dos padrões normais, preste atenção em que situação ele dispara. A taquicardia se torna uma preocupação quando vem de forma súbita e é acompanhada de um sinal como dor no peito, falta de ar, desmaio ou durante o sono. Também exige atenção quando ocorre durante o repouso, sem nenhuma forte emoção, como um momento de susto, medo, paixão, competição ou palestra.

Algumas taquicardias são graves e podem levar à morte. Essas são normalmente desencadeadas nos ventrículos e estão relacionadas a doenças pré-existentes, em corações dilatados, em pessoas que já sofreram infarto ou têm doenças cardíacas genéticas.

A duração de uma taquicardia é variável e imprevisível, pois depende da causa e das características de cada coração. O primeiro passo para socorrer uma pessoa com taquicardia é acalmá-la e procurar ajuda médica.

Se o indivíduo estiver consciente e sem muito mal-estar, leve-o a um hospital próximo para realizar imediatamente um eletrocardiograma. O ideal é fazer o exame enquanto o batimento ainda está acelerado, para que seja possível identificar com exatidão o tipo de taquicardia.

Tratamentos
- Medicamentos antiarrítmicos
- Implante de marcapasso
- Desfibrilador
- Cauterização dos focos de origem

Como bate o coração?
O coração é um músculo formado por dois átrios e dois ventrículos. Ele tem um circuito elétrico que gera impulsos constantes e determinam a frequência e a regularidade dos batimentos.

O primeiro estímulo começa no átrio direito (câmara menor localizada na parte superior do músculo), que passa para o átrio esquerdo e vai descendo até chegar aos ventrículos. É como uma rede de fios condutores que levam a energia de um cômodo da casa até o outro. São esses estímulos que fazem o músculo do coração se contrair, ou seja, bater.

Os átrios contraem-se primeiro, bombeando sangue para os ventrículos. Em seguida, os ventrículos se contraem. As válvulas entre os átrios e ventrículos se fecham. O sangue localizado no ventrículo direito vai para os pulmões para ser oxigenado, segue para o ventrículo esquerdo e é bombeado para o restante do organismo, inclusive para o cérebro.

Esse mecanismo provoca a "batida dupla" característica do coração: tum-tá, tum-tá, tum-tá.

Nova tecnologia é capaz de mover membros paralisados com o pensamento

braço robotico
É a primeira vez que cientistas mostraram que humanos com graves lesões no cérebro podem controlar um braço mecânico com o uso de pequenos implantes cerebrais capazes de enviar sinais neurais para um computador.

Duas pessoas que estavam paralisadas do pescoço para baixo aprenderam a controlar um braço robótico com a força do pensamento e o utilizaram para alcançar e segurar objetos. Um dos pacientes, uma mulher, conseguiu levar uma garrafa de café com um canudo para a boca e bebê-lo - foi a primeira vez que ela conseguiu se servir sozinha nos últimos 15 anos, desde o dia em que sofreu um AVC e perdeu o controle dos movimentos.

O trabalho científico está descrito em um artigo publicado na revista Nature. Estudos anteriores já tinham mostrado que humanos podem aprender a mover um cursor de computador com o pensamento. Além disso, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis já tinha conseguido mover um braço mecânico com eletrodos instalados no cérebro de macacos.

A tecnologia ainda está em fase de testes, mas o novo estudo da Nature representa um passo importante, pois oferece evidências palpáveis de que membros mecânicos controlados pelo cérebro poderão ser usados no futuro para ajudar pessoas com deficiências motoras.

Cientistas conseguem fazer DNA funcionar como um 'pendrive'


cientistas-conseguem-fazer-dna-funcionar-como-um-pendrive
Biólogos fizeram com que a estrutura fosse capaz de guardar dados e apagá-los, assim como a memória de um computador


Você conhece o DNA como uma espécie de cordão de compostos químicos que define quem somos. Mas agora, cientistas da Universidade de Stanford foram capazes de guardar memórias dentro dessas estruturas. Isso mesmo, armazenar dados, assim como um computador armazena seus arquivos.

Não é o primeiro sistema de armazenamento de dados biológico já criado – pesquisadores já foram capazes de fazer o mesmo com proteínas. Então qual é a novidade? É que ao alterar o DNA, é possível criar células sintéticas e digitais. Ou seja, o DNA pode reprogramar o organismo para funcionar de forma diferente.

Para chegar a esse resultado os cientistas trabalharam com o DNA da bactéria Escherichia coli, separando seus elementos genéticos. O que sobrou foi um sistema que contem lugares marcados onde esses elementos deveriam estar, indicando para enzimas que o DNA pode ser ‘copiado e colado’ de forma reversa – e é o que aconteceu por, pelo menos, 16 vezes.

Até conseguirem esse feito, os cientistas precisaram programar filamentos de DNA 750 vezes. O pesquisador à frente do projeto, Drew Endy, conta que foi como “tentar escrever um código de seis linhas em um computador, mas que precisa de 750 tentativas de debug para funcionar”.

Acredita-se que o novo sistema poderá estar em organismos vivos antes do fim do século.

Hábitos simples melhoram a saúde e qualidade de vida

Fazer atividade física, comer bem e evitar excessos estão entre os hábitos que garantem uma boa forma

A maneira mais certeira de fazer as pazes com o espelho é manter seu corpo saudável. Fazer atividade física, comer bem e evitar excessos estão entre os hábitos que vão garantir uma boa forma, porém não para por aqui. A revista Your Tango publicou uma lista com sugestões de cinco especialistas para melhorar sua saúde. O time de experts conta com os especialistas em qualidade de vida Rico Caveglia e Brenda Deere, a naturóloga e massagista Lorina Shinsato e o personal trainer Mark Dilworth. Confira as dicas que vão mudar sua relação com seu corpo:

1. Mude sua mente para mudar seu corpo
Primeiramente você deve adotar uma atitude de gratidão ao seu corpo. Para Rico Caveglia, é preciso aprender a amar o próprio corpo mesmo antes de fazer as mudanças de hábito que vão deixá-lo em forma é mais saudável.

2. Respire!
Todas as funções metabólicas de nosso corpo exigem muito oxigênio. Por isso, nada é mais importante para a saúde mental e física que suprir essa necessidade. “Para aprender exercícios de respiração profunda recomendo aulas de ioga ou respiração”, diz Rico Caveglia.

3. Beba mais água
Isso vai garantir diversos benefícios para seu corpo. “Sua pele ficará mais macia, seu organismo mais limpo, você comerá menos, seu cabelo e suas unhas vão ficar mais hidratados e até sua energia vai aumentar”, justifica Caveglia.

4. Coma comida de verdade
Você é o que você come. Portanto, com um bom combustível você terá um corpo melhor e mais bonito. Para Caveglia comida de verdade é aquela que cresce na natureza, coma frutas e vegetais orgânicos, grãos integrais, sementes e carne sem adição de hormônios ou produtos químicos.

5. Coma em casa
Para manter uma alimentação mais saudável é preciso evitar restaurantes e comida processada. A melhor dica, segundo Caveglia, é preparar você mesmo a maior parte de suas refeições.

6. Movimente-se
Manter-se ativo intercalando exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade, vai deixar seu corpo mais em forma, saudável e bonito. “Além disso, você ainda ganha uma dose extra de energia”, garante Caveglia.

7. Recarregue as baterias
Faça pausas diárias apenas para relaxar e não pensar em seus compromissos e tarefas. “Aprenda a meditar e seja grato por tudo que você tem em sua vida”, recomenda Caveglia.

8. Elimine
Precisamos de uma a três evacuações diárias para manter o corpo saudável e livre de resíduos. “Se isso parece um desafio para você, aconselho que procure um naturólogo ou médico especializado”, afirma Caveglia.

9. Devagar e sempre
O objetivo aqui é ficar saudável e não magro. Por isso, nada de dietas de emergência. “Coma frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Também vale tentar diminuir as porções”, recomenda Brenda Deere.

10. Menos é mais
Na hora de iniciar um programa de emagrecimento, exagerar nos exercícios físicos é uma armadilha. “Escolha uma atividade da qual realmente goste e comece devagar. Uma caminhada de cinco minutos já é melhor do que não fazer nada”, orienta Deere.

11. Você não está sozinho
Ninguém está completamente satisfeito com seu corpo. Até mesmo modelos que muitas vezes parecem anoréxicas ainda acham que têm algumas gordurinhas a perder. Por isso, segundo Deere, é essencial prestar atenção para estabelecer uma meta possível e razoável.

12. Não se compare
Tente não comparar seu corpo com o de outras pessoas, pois herança genética realmente tem um papel importante em nossas formas. “Você sabe que tem partes que gosta em seu corpo, pode ser seus olhos, suas pernas ou mãos. Então, preste mais atenção a elas, tente valorizá-las e lembre-se sempre desses pontos positivos”, afirma Deere.

13. Durma bem
Procure dormir oito horas por noite. De acordo Deere, recentemente pesquisas comprovaram que, além de ser um hábito saudável, isso ainda ajuda a eliminar peso de forma mais eficiente.

14. Alongue-se
Isso exige prática, mas esticar-se faz bem não apenas para a coluna. “Manter uma boa postura fará você parecer melhor e mais confiante o que o levará a se sentir assim também”, justifica Deere.

15. Seja grato
Lembre-se que a função do seu corpo é te levar para onde quiser. Por isso, Deere recomenda que quando você se sentir mal com sua imagem pense de tudo que você é capaz de fazer graças a ele e sinta-se grato por isso. “Se quiser pode até escrever uma coisa pela qual é grato ao seu corpo por dia até internalizar isso”, sugere Deere.

16. Finja até que seja de verdade
Aja como se você amasse seu corpo, mesmo se ainda não sente isso. “Não deixe de fazer coisas como ir à praia por vergonha ou medo de que as pessoas fiquem reparando em suas formas. Acredite: os outros estão preocupados demais com a própria imagem para olhar o seu corpo”, garante Deere.

17. Coma três refeições diárias ou diversas pequenas refeições espalhadas pelo dia
Você já se perguntou por que está se sentindo irritado ou fraco? Você pode estar desidratado ou com baixo nível de açúcar no sangue. Por isso, Lorina Shinsato ressalta a importância de não pular nenhuma refeição, mesmo que você tenha trabalho extra pela frente.

18. Lembre-se da proteína
Esse tipo de alimento permite que o nível de açúcar no sangue fique estável por mais tempo, diferentemente de carboidratos que o deixarão com fome novamente em pouco tempo. “Então, quando for fazer uma refeição ou um lanche lembre-se de incluir proteína”, afirma Shinsato.

19. Hidrate-se
Quando sentimos sede significa que já estamos desidratados. Portanto, o ideal, segundo Shinsato, é manter uma garrafa de água sempre com você. A ingestão de líquidos é essencial para manter sua saúde e energia em dia.

20. Esqueça o adoçante
Evite açúcar refinado e adoçantes artificiais. “Como são feitos com produtos químicos, nosso corpo não consegue processá-los adequadamente aumentando o risco de inflamações”, justifica Shinsato.

21. Evite temperos artificiais
O glutamato monossódico, realçador de sabor presente na maioria dos temperos artificiais, é prejudicial à saúde. “Ele causa dores de cabeça e interfere em nosso sistema nervoso”, alerta Shinsato.

22. Nada de fast food
Além de não conterem todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável, esse tipo de comida possui muitos conservantes e produtos artificiais que podem conter antibióticos, hormônios ou resíduos de pesticidas. “Prefira alimentos frescos que vão lhe dar uma energia limpa”, recomenda Shinsato.

23. Prefira peixes pescados na natureza
Os peixes criados para pesca muitas vezes recebem compostos químicos e não apresentam a mesma quantidade de ômega 3 dos animais livres. Segundo Shinsato, outra preocupação é o alto índice de mercúrio, pois, em excesso, esse composto interfere em nosso sistema nervoso prejudicando a memória.

24. Coma alimentos orgânicos e locais
Os produtos fabricados na sua região geralmente levam menos aditivos químicos, pois não precisam ser conservados por muito tempo durante o transporte. “Isso faz com que os alimentos que você coloca em sua mesa sejam mais saudáveis”, atesta Shinsato.

25. Pense positivo
Outro desafio para deixar sua mente mais saudável é manter a positividade. “É preciso se focar no que está dando certo em nossas vidas e permitir que o resto flua”, recomenda Shinsato.

26. Pratique a gratidão
A cada dia liste três coisas pela qual você é grato. Isso o ajudará a aprender a pensar de forma positiva. Para Shinsato, isso é uma ótima dica, pois somos capazes de mudar nossa realidade de acordo com aquilo em que nos focamos.

27. Elimine o pessimismo
“Sempre procure o melhor de cada situação e livre-se dos vampiros que aparecem em sua vida”, recomenda Mark Dilworth. Ajude a si mesmo estipulando metas e pensando em alcança-las ao invés de ficar achando que não vai chegar lá.

28. Permaneça motivado
Procure algo que o motive a alcançar uma vida mais saudável. Segundo Dilworth, uma vez que você encontrar o incentivo certo será mais fácil chegar no seu objetivo.

29. Pare de se sabotar
Mantenha seu foco e aja de forma coerente. “Se seu objetivo é perder peso ou manter o corpo saudável não tenha doces, alimentos gordurosos e porcarias em sua cozinha. Pois, ao ver esses produtos será mais difícil resistir a eles”, explica Dilworth.

30. Esqueça as dietas da moda
Para manter o corpo em forma e saudável você vai precisar de hábitos alimentares que consiga manter. Isso não é possível com dietas malucas ou superrestritivas. “Não adianta perder peso rapidamente se você recupera tudo assim que volta a se alimentar normalmente”, justifica Dilworth. Por isso, é necessário uma mudança permante.

31. Crie músculo e queime gordura
Exercícios físicos regulares são essenciais se você quer mudar seu corpo, pois eliminar gordura é mais importante que perder peso. “Trocar massa gorda por massa magra (músculo) também acelera seu metabolismo. E isso irá ajudá-lo a queimar ainda mais calorias. Esse é o segredo para que você não torne a engordar”, explica Dilworth.

32. Adote uma vida ativa
Caminhe o máximo possível todos os dias e tente manter o seu corpo sempre ativo. Segundo Dilworth, quando você fica sentado as enzimas responsáveis por queimar gorduras ficam praticamente desligadas. Já quando você se levanta durante o dia e se mexe elas são colocadas para trabalhar.

33. Exercite-se
Mesmo magro você pode não ser saudável. “Se perdeu peso sem se exercitar seu corpo não aprendeu nada e isso pode leva-lo ao efeito sanfona”, justifica Dilworth. Por isso, independentemente do que sua balança diz é preciso manter uma atividade física.

34. Hábitos saudáveis fazem um corpo mais saudável
Se você tiver uma boa noite de sono, não se expor a altas doses de estresse, não fumar, não ingerir grandes quantidades de álcool, se exercitar regularmente e manter uma boa alimentação, você terá um corpo saudável. “Não há segredo, basta manter esses hábitos saudáveis na maioria de seus dias”, atesta Dilworth.

35. Procure auxilio profissional
Talvez você precise de ajuda em algumas áreas, pois algumas mudanças são difíceis. Antes de iniciar um treinamento físico procure um médico para uma avaliação. Um personal trainer e um nutricionista também podem ajuda-lo a planejar sua alimentação e seu programa de exercícios. “Você pode começar a levar uma vida mais saudável hoje mesmo, não adie!”, finaliza Dilworth.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quando a boca cala.... o corpo fala!

  Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
 
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
 
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
 
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
 
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
 
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
 
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
 
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
 
As neuroses paralisam quando a criança interna tiraniza.
 
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Cientistas desenvolvem tecido inteligente para diagnosticar doenças

cientistas-desenvolvem-tecido-inteligente-para-diagnosticar-doencas Nanotubos de carbono detectam alterações químicas no corpo. Peças podem estar no mercado em três ou quatro anos, segundo autores.


Pesquisadores espanhóis desenvolveram um tecido inteligente que diagnostica o estado de saúde da pessoa que o veste graças a uma tintura de nanotubos de carbono que transforma a peça de roupa em um condutor elétrico capaz de detectar substâncias químicas.

O pesquisador Francisco Andrade, do grupo de pesquisa da Universidade Rovira i Virgili (URV) de Tarragona, no nordeste da Espanha, dirige este projeto que transforma as fibras têxteis em detectores de substâncias químicas que fornecem dados sobre o estado de saúde, com aplicações também para fins esportivos.

O tecido banhado em uma tintura de nanotubos de carbono detecta as substâncias químicas presentes nos fluidos corporais, como suor e urina, e as transforma em sinais elétricos enviados para um computador ou qualquer dispositivo móvel inteligente para que sejam interpretados por um médico ou pelo próprio usuário.

Em um prazo de entre três e quatro anos, segundo os pesquisadores, poderão ser encontradas no mercado peças de roupa interativas que, metaforicamente, passam a comportar-se como um neurônio, resumiu Andrade.

O método é 'rápido, simples e econômico' e os pesquisadores demonstraram que podem 'determinar muitos tipos de íons e também o pH de uma forma simples e rápida', e por isso a roupa tratada assim 'pode detectar propriedades de nosso corpo sem nos darmos conta' mediante um sistema nada invasivo, explicou o pesquisador.

Por enquanto, os sensores na roupa foram testados em um manequim e se observou que podem detectar de forma direta a composição do suor artificial.

Os pesquisadores confiam que estes tecidos inteligentes sejam muito úteis para controlar, por exemplo, a cicatrização de uma ferida ou diagnosticar em seguida doenças como o diabetes e a fibrose cística.

A roupa inteligente também tem finalidades esportivas, já que a composição do suor está relacionada com o estado metabólico do atleta.

O grupo de pesquisa desenvolve também sensores de creatinina que poderão agir como uma 'fralda inteligente' que meça componentes da urina e sensores de trombina para detectar sangramentos e outras biomoléculas.

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas

felicidade-e-otimismo-reduzem-risco-de-doencas-cardiacas Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas


Pessoas felizes e otimistas enfrentam menos risco de sofrer doenças cardíacas e derrames, segundo uma pesquisa da Harvard School of Public Health. A pesquisa foi produzida a partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada Psychological Bulletin.

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado.Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados a doenças cardíacas.

Os pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio-econômico de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante.

O risco de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Hábitos saudáveis

Não apenas é difícil medir de forma objetiva o bem estar, como outros fatores que ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de reduzir o risco de doenças.

Os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.

A maior parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: "A associação entre doenças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda não totalmente compreendida".

"Embora este estudo não tenha olhado para os efeitos do estresse, ele confirma o que já sabíamos, que o bem-estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação saudável."

"Ele também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde física da pessoa", acrescentou.

Estudo aponta possível avanço para tratar paralisia cerebral

paralisia cerebral O distúrbio pode causar dificuldades severas em controlar os músculos, incapacidade de caminhar, se movimentar ou engolir. Alguns pacientes também podem sofrer atrasos cognitivos e anormalidades no desenvolvimento.



Um novo tratamento ajudou coelhos nascidos com paralisia cerebral a recuperar uma mobilidade quase normal, fazendo surgir a esperança de um potencial avanço no tratamento de pessoas com este distúrbio atualmente incurável, afirmaram cientistas.

O método, parte do campo crescente da nanomedicina, funcionou liberando um medicamento antiinflamatório diretamente nas partes comprometidas do cérebro através de minúsculas moléculas em cascata conhecidas como dendrímeros.

Filhotes de coelho tratados às seis horas de nascidos tiveram uma "melhora dramática na função motora" no quinto dia de vida, disse a autora principal do estudo, Sujatha Kannan, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e do Departamento de Pesquisa de Perinatologia e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos.

O estudo foi publicado no jornal científico americano Science Translational Medicine.

Os coelhos que nasceram imóveis por causa da paralisia infantil se movimentavam em "níveis quase normais no quinto dia", destacou um artigo que acompanhou o estudo e foi publicado no mesmo periódico pelo pedriatra Sidhartha Tan, de Chicago.

A droga usada foi uma comumente empregada para tratar pessoas com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol), conhecida como N-acetil-L-cistina ou NAC, e foi dada em uma dose 10 vezes menor.

No entanto, foi bem sucedida porque o método de nano-entrega permitiu que cruzasse a barreira sangue-cérebro, desativando prontamente a inflamação no cérebro.

Kannan explicou que sua equipe usou coelhos como cobaias porque, assim como os humanos, seus cérebros se desenvolvem parte antes e parte depois do nascimento, enquanto a maioria dos outros animais nascem com suas habilidades motoras já formadas.

"Uma vantagem disso é que podemos testar tratamentos e olhar para a melhora na função motora usando este tipo de modelo animal", explicou a médica.

Enquanto especialistas afirmam que levará anos até que se conheça totalmente esta abordagem, a pesquisa demonstra uma prova de conceito importante que algum tipo de intervenção precoce consegue reverter o dano cerebral.

"A importância deste trabalho é que ele indica que há uma janela no tempo, imediatamente após o nascimento, quando a neuroinflamação pode ser identificada e quando o tratamento com um nanodispositivo pode reverter os efeitos da paralisia cerebral", afirmou o co-autor do estudo, Roberto Romero, obstetra do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.

A paralisia cerebral afeta cerca de 750.000 crianças e adultos nos Estados Unidos e sua taxa de prevalência é de cerca de 3,3 por 1.000 nascimentos, segundo Romero.

Uma das principais causas da paralisia cerebral é o nascimento prematuro, fenômeno em ascensão, mas a doença não costuma ser diagnosticada antes dos 2 anos.

"No momento em que fazemos o diagnóstico, há muito pouco que podemos fazer", disse Romero, descrevendo a paralisia cerebral como "uma doença incurável por toda a vida".

Conselho Regional de Educação Física inicia campanha contra uso de esteróides anabolizantes

conselho-regional-de-educacao-fisica-inicia-campanha-contra-uso-de-esteroides-anabolizantes Na era dos corpos perfeitos e turbinados, homens e mulheres querem ficar com “tudo em cima”, mas para isso tem que malhar bastante e ter uma dieta controlada. O problema é que muitos querem resultado imediato, e acabam aderindo às formas ilícitas para chegar ao chamado e sonhado “corpo ideal”.

O consumo dos esteróides anabolizantes, não é recomendável por médicos e especialistas. Eles aceleram os efeitos estéticos desejados, deixam a musculatura torneada com o uso de pílulas ou injeções de hormônios masculinos mais rápido do que se esforçar em horas de suor na academia. Mas, o “remedinho” não tem nada de milagroso. Além dos efeitos colaterais, o esteróide anabolizante também pode provocar câncer, infertilidade e até levar à morte.

Preocupado com a saúde das pessoas que fazem o uso de esteróides anabolizantes ou com aqueles que pensam em usar a “droga” o CREF11/MS-MT (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região MS-MT) iniciou em 26.04, uma Campanha Contra o Uso de Esteróides Anabolizantes. A equipe de fiscalização do Conselho irá às academias da Capital fazer a distribuição de cartazes explicativos sobre os efeitos colaterais dessa “droga” e dar orientação aos Profissionais de Educação Física, para que os mesmos orientem também as pessoas que vão até as academias.

O coordenador da fiscalização, Ricardo Luis Chaim, explica que esta campanha é importantíssima, já que algumas pessoas que usam esteróides anabolizantes acabam indicando para outras, como se fosse algo normal, ressaltando apenas os falsos “benefícios”. “Muita gente começa a malhar e quer um resultado imediato. Mas, não é bem assim, além da atividade física a alimentação também é importante. A partir daí, começam fazer uso da suplementação alimentar, mas muitas vezes sem orientação de um nutricionista, o que acaba não tendo o efeito esperado. E, não tendo esse efeito, apelam para os esteróides anabolizantes. No entanto, tudo se resolveria, com uma boa atividade física, devidamente orientada por um Profissional de Educação Física, acompanhado de uma correta orientação nutricional. Saúde não se compra, se adquire”.

Em maio de 2010 foi sancionada a Lei Complementar nº 157, que dispõe sobre a obrigatoriedade das academias de ginásticas, centros esportivos e estabelecimentos congêneres a fixarem placas ou cartazes de advertência sobre os malefícios causados à saúde pelo uso de anabolizantes, no município de Campo Grande. Como muitos estabelecimentos ainda não fixaram estas informações, o CREF11/MS-MT confeccionou os cartazes em parceria com os autores da Lei, os vereadores Prof. João Rocha (PSDB) e Paulo Siufi (PMDB), para que os locais cumpram a legislação vigente e para que a população fique informada dos malefícios do uso de esteróides anabolizantes.

Segundo o vereador João Rocha, que também é Conselheiro do CREF11/MS-MT (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região MS-MT) “a Lei é importante, mas para que possa ser aplicada a população deve ter conhecimento, saber da importância de se combater o uso de esteróides anabolizantes. Esse é o objetivo da campanha, promover conhecimento e saúde. Alguns profissionais que não são éticos até oferecem essas drogas aos alunos, com a intenção de 'mostrar resultado', como forma de provar que o trabalho do profissional é bom, mas é totalmente o contrário e eles ainda não informam dos problemas de saúde que esses remédios causam”.

De acordo com a Lei Municipal as placas devem conter advertências, com os seguintes dizeres:Lei Municipal nº 157, de 10 de maio de 2010: "O uso de esteróides anabolizantes prejudica o sistema cardiovascular, causa lesões nos rins e no fígado, degrada a atividade cerebral, aumenta o risco de câncer, além de causar dependência química".

A Lei, em seu art. 5º, aponta os estabelecimentos de academias de ginástica, centros esportivos e estabelecimentos congêneres correlatos à atividade física, só podem receber alvará de funcionamento se atendidas as exigências contidas na referida Lei.

Principais efeitos do uso dos esteróides anabolizantes: nervosismo, irritação, agressividade, contribui para o engrossamento da voz, provoca crescimento de pelos em regiões incomuns (tórax e rosto), problemas hepáticos, acne grave (em geral ocorre nas costas e no peito, ocasionando um problema estético sério), problemas sexuais e cardiovasculares, diminuição da imunidade, aparecimento de tumores (câncer), e até levar à morte.

Ministério da Saúde diz que 22,7% dos adultos têm pressão alta

ministerio-da-saude-diz-que-227-dos-adultos-tem-pressao-alta Problema é mais comum entre mulheres e afeta maioria dos idosos. Fumo, sedentarismo e consumo de sal são fatores de risco.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 22,7% dos adultos brasileiros sofrem de pressão alta. A hipertensão aparece em 25,4% das mulheres e 19,5% dos homens. Os números foram publicados no último dia 26.04, dia nacional de prevenção e combate à hipertensão.

Os resultados relativos a 2011 foram obtidos pela pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

O levantamento, feito anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos -- por telefone -- sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

Em 2006, quando a pesquisa começou a ser feita, 21,6% dos entrevistados afirmaram que tinham o diagnóstico de hipertensão. Segundo o Ministério da Saúde, a diferença de 1,1 ponto percentual em comparação a 2011 não é suficiente para representar estatisticamente uma tendência de crescimento.

A relação do problema com a idade fica muito nítida no recorte por faixa etária. Entre 18 e 24 anos, 5,4% dos entrevistados são hipertensos. Acima dos 65 anos, o número sobe para 59,7% da população.

Dentre as cidades onde a pesquisa foi feita, a com menos hipertensos foi Palmas, com 12,9% da população. Já o Rio de Janeiro registrou o maior número: 29,8%.

Outro fator importante é a escolaridade entre as mulheres. Entre as que estudaram oito anos ou menos, 34,4% têm hipertensão. O número cai para 14,2% entre as que estudaram 12 anos ou mais. Já entre os homens, as diferenças entre as faixas são pouco significativas.

Prevenção e tratamento
O Ministério da Saúde informou que 6,9 milhões de hipertensos já tiveram acesso a medicamentos gratuitos nas farmácias credenciadas no programa Saúde Não Tem Preço desde o lançamento, em fevereiro de 2011.

Outra iniciativa recente foi um acordo com a indústria alimentícia, firmado em 2011, para reduzir os níveis de sal em produtos como massas, pães e salgadinhos. O sódio presente no sal é considerado um dos principais fatores para elevar a pressão arterial. O fumo e o sedentarismo também aumentam o risco.

O diagnóstico de hipertensão vem quando a pressão fica igual ou maior que 14 por 9. Em longo prazo, pode sobrecarregar vários órgãos. Sem tratamento, ela pode causar outros problemas cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).

Hospital faz transplante inédito de cartilagem de joelho

joelho Cirurgia é alternativa ao uso de prótese com duração máxima de 20 anos. Técnica esbarra na dificuldade de encontrar doadores de tecidos.

O Hospital das Clínicas de São Paulo começou a fazer um transplante inédito no Brasil: o de cartilagem do joelho. A cirurgia é uma opção para pacientes que só tinham como tratamento a colocação de uma prótese.

No transplante, a equipe de ortopedistas inseriu um pedaço de osso e a cartilagem de um doador em uma paciente que estava com uma lesão no joelho esquerdo provocada pelo uso de remédios para leucemia.

Mariza Santos Guimarães estava com a cartilagem (a camada branca que protege a articulação) toda machucada e uma parte do osso já tinha se desgastado. No transplante, a equipe do HC colocou um pedaço de osso e a cartilagem de um doador.

Uma das vantagens do transplante é que ele se torna uma alternativa para a vida útil da prótese, que dura entre 10 e 20 anos.

De acordo com o ortopedista do HC que fez a cirurgia, Luis Eduardo Tirico, com as trocas de prótese existe o risco de infecção e de sequelas ao longo do tempo.

No entanto, o uso da técnica esbarra em um obstáculo: a dificuldade de conseguir doadores de tecidos no Brasil, em especial de cartilagem. Ossos e tendões são tecidos usados há vários anos para corrigir fraturas, mas não e fácil encontrar doadores.

No ano passado, entre mais de 2.000 doadores de órgãos no Estado de são Paulo, menos de 200 doaram o tecido ósseo e somente doze casos puderam ser aproveitados. Para os médicos o problema persiste por falta de informação.

“Um paciente doador pode beneficiar mais de 20 pacientes receptores que estão aguardando por esse tipo de tratamento”, afirma Tirico.

Como a água pode influenciar na atividade física?

como-a-agua-pode-influenciar-na-atividade-fisica Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriram que a falta de preparo físico não seria a única razão pela qual muitas pessoas ficam acabadas, digamos, antes da hora.



Depois de observar voluntários sob várias condições adversas e reunir uma série de dados, eles concluem em um estudo recente: um dos maiores contribuintes para a fadiga precoce é a desidratação.

“Quando nos exercitamos, existe uma boa demanda dos músculos por substâncias como glicose e oxigênio. E a água ajuda a transportá-los”, explica o fisiologista Orlando Laitano. Com pouca H2O disponível, esses materiais têm dificuldade para chegar ao seu destino – e, assim, falta energia para as pernas se movimentarem.

Essa desidratação local afeta a vinda de nutrientes essenciais à construção das fibras musculares, a exemplo da proteína. Aliás, até essas estruturas também são compostas de água. Privar-se dela, portanto, é ficar sem matéria-prima para formar mais fibras. Outro motivo para a recuperação ficar lenta quando o tanque está vazio.

O músculo depende de determinados sais minerais e – adivinhe! – água para realizar toda e qualquer contração. “A precisão e a suavidade do movimento diminuem significativamente se o indivíduo não bebe o suficiente. Isso, por si só, já aumenta a probabilidade de uma lesão”, alerta o médico do esporte Jomar Souza.

Para piorar, reservas aquosas abaixo da necessidade mexem inclusive com o desempenho do cérebro. “Os sinais enviados por ele para comandar determinada ação, como levantar uma barra ou chutar uma bola, perdem qualidade”, reforça Emerson Silami Garcia, profissional de Educação Física.

Goles na (sua) medida

O senso comum prega que se aja de acordo com os sinais do corpo. Em outras palavras, esvaziar a garrafinha no momento em que a boca ficar seca. “Mas hoje existem pesquisas revelando que o estágio de desidratação já se encontra avançado quando a pessoa percebe a sede”, contrapõe Ricardo Nahas, médico do esporte.

Os profissionais que trabalham com atividade física são unânimes: a hidratação deve ser individualizada, até porque há quem transpire mais do que outros ou viva em um local frio, onde naturalmente se sua pouco. Daí que os especialistas muitas vezes preferem recorrer a uma conta matemática simples: subtrair o peso corporal antes do exercício pelo obtido ao término dele. O saldo final é o tanto de água que precisa ser tomada ao longo da ralação seguinte.

Infelizmente, não dá para só encher a barriga d’água antes de correr. “O sistema digestivo não consegue funcionar com um volume grande de líquidos e, inchado, causa desconforto”, explica Silami Garcia. Lançar mão de um cantil e dar uns bons goles a cada 15 minutos costuma resolver a questão. Bem hidratado, seu corpo – e, claro, seu desempenho – vai longe.

E as bebidas esportivas?
Elas oferecem uma mistura de carboidratos e sais minerais, que se esvaem durante pedaladas e corridas. “Mas só são recomendadas para atividades físicas que excedam uma hora de duração”, prescreve a nutricionista Patrícia Bertolucci.

O manual da hidratação
Saiba o que fazer para se exercitar sem deixar a secura tomar conta do organismo:

Antes: Nas duas horas que antecedem o momento da malhação, ingira de 250 a 500 mililitros de água. Evite refrigerantes, bebidas alcoólicas e, ainda, alimentos muito pesados.

Durante: A cada 15 minutos, beba de 125 a 250 mililitros. Se a atividade durar mais do que 60 minutos, água de coco e isotônicos podem ser uma boa opção, mas vale consultar um especialista.

Depois: Urina escassa e amarelada é um sinal claro de desidratação. No caso, lance mão de uma balança para saber quanto perdeu de peso. Então, basta repor na mesma medida.

Conheça os sinais de alerta para evitar que exercícios façam mal

conheca-os-sinais-de-alerta-para-evitar-que-exercicios-facam-mal Veja alguns sinais do corpo que devem ser observados para que os exercícios físicos não façam mal à saúde

Histórico familiar: Se o praticante de esportes ou candidato a atleta tiver casos na família de morte súbita cardíaca, o acompanhamento médico deve ser mais rigoroso que o de um atleta comum.

Cansaço incomum: Se seu filho tem a mesma carga de exercícios que os colegas durante as aulas de educação física, mas apresenta repetidas vezes um cansaço muito maior que os demais alunos, procure um médico.

Dor no peito: Durante o exercício físico intenso, daqueles em que o praticante tem dificuldade de conversar, não é bom sinal sentir dor no peito na altura do precórdio, região que fica por trás da parte inferior esquerda do osso esterno, aquele que une as costelas. Já a dor no peito que não melhora mesmo depois de repouso (com uma sensação de aperto e que se irradia para as costas ou o braço) ou a dor forte no estômago que não passa depois do fim do exercício são casos para atendimento médico imediato.

Desmaio: Na maioria das vezes, o desmaio na atividade física não se trata de uma queda na taxa de açúcar no sangue, mas de uma breve parada cardíaca, segundo o cardiologista Jomar Souza. E isso requer acompanhamento médico.

Como parar: De acordo com a cardiologista Isa Bragança, não faz bem à saúde do coração parar um exercício abruptamente. O ideal é o que se chama de recuperação ativa, em que o corpo reduz gradativamente o ritmo de uma corrida, por exemplo, até interrompê-la em definitivo.

Atletas eventuais: São os mais sujeitos a lesões, de acordo com especialistas em medicina do esporte. Se são atletas na meia-idade e têm histórico de problemas cardíacos na família, hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC), o risco é maior.

Exame confuso: O médico Jomar Souza explica que há casos em que um atleta passa por um ecocardiograma que indica um aumento na espessura da parede que divide os lados esquerdo e direito do coração, o que nem sempre é diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, doença que mais mata atletas jovens. O médico explica que, se a parede ficar com espessura entre 11 e 16 milímetros, o paciente deve deixar os exercícios por seis meses e repetir o exame. Se a parede voltar ao normal, houve apenas uma adaptação do músculo cardíaco aos exercícios.

Condições ruins: Fumar logo após o fim de um exercício aumenta a probabilidade de ocorrer um espasmo no músculo cardíaco, segundo o cardiologista francês Eloi Marijon.